quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Rede FALE promove o “Orando pela Justiça”





No dia 22 de fevereiro próximo,  a Rede Fale convida a para o “Orando pela Justiça“.  O tema central é relacionado a campanha da rede “FALE em defesa da vida sem agrotóxico”,  que tem intuito de sensibilizar a sociedade brasileira e pressionar nossas autoridades quanto a este grave problema.

“Desejamos que cada membro da rede ou parceiro do FALE possa orar em favor da justiça, pois entendemos que a prática da oração é essencial na transformações das estruturas corrompidas e é central em lançar as bases do Reino de nosso Pai Eterno”, salientou Caio Marçal, Secretário de mobilização da Rede FALE. 

Para subsidiar essa atividade, a coordenação de Oração e Liturgia da Rede FALE criou um boletim de oração e o vídeo da campanha. Para baixar o boletim, clique aqui.



Para ver o vídeo, clique no link abaixo:








domingo, 16 de fevereiro de 2014

Os novos órfãos

Por Caio Marçal

Não perverterás o direito do estrangeiro e do órfão. 
Dt 24.17

Na escala da opressão, via de regra os textos bíblicos falam do estrangeiro, da viúva e do órfão. Há uma clara intenção de que esses grupos, que nesse contexto são aqueles que estão em situação de desvantagem, precisam de maior proteção.

O órfão, na perspectiva bíblica, é aquele que proporcionalmente sofre mais a injustiça, por isso, é evidente que ele tenha atenção especial. De todos os que tiveram o azar de serem abandonados à própria sorte, são esses os que estão em situação de maior vulnerabilidade social. Isaías chega a nos dizer que o culto que Deus deseja é aquele que faz o bem, procura a Justiça, ajuda e oprimido, mas sem esquecer-se do órfão (Isaías 1.17). Qualquer tipo de religiosidade que não considere esses valores, se prostitui e macula a adoração ao Senhor.

Quando pensamos sobre quem seriam os órfãos de hoje, não podemos deixar de lembrar dos jovens, das crianças e dos adolescentes que estão à margem por falta de oportunidade de vida digna. Órfãos hoje não são apenas aqueles que não têm pai ou mãe, mas todos esses ainda em fase de desenvolvimento que não têm um sistema que os garanta viver plenamente suas potencialidades.

Esses “novos órfãos“ são os que mais sofrem com a violência brasileira, seja causada pela bala, pela imoral falta de investimento em políticas públicas específicas para o mundo juvenil ou pelo não cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente. Essa definição pode ser também estendida à juventude negra que padece um crescente genocídio que os aniquila.

Essa fase da vida, tratada ainda como uma época problemática do ser humano, retrata apenas que o problema maior é o mundo adulto, incapaz de zelar por aqueles, achando que a solução é tão simplesmente o seu encarceramento. Uma total inversão que denuncia o quão longe está a equidade, e não observa a sabedoria bíblica que nos ensina: Educa a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele (Provérbios 22.6).

No livro de Salmos, que registra preces, clamores e intercessões diante do Senhor, nos lembra de que essa fase especial da juventude deve ser cultivada com afinco e esculpida com esmero: Que os nossos filhos, na sua juventude, sejam como plantas em crescimento; que as nossas filhas sejam como colunas esculpidas de palácios (Salmos 144.12).

Minha oração é:

Senhor Nosso, não nos deixe esquecer que o Teu Reino não permite que deixemos de lados aqueles que esse mundo transformou em órfãos de direitos e oportunidades.

Que a nossa Adoração seja antes de tudo uma voz que clama pela Justiça. Reconhecemos, ó Deus, a nossa responsabilidade de fazer com que o Brasil seja mais justo e confessamos nossa culpa pelos jovens e adolescentes que são engolidos pela lógica perversa da violência.

Nos dê a sua Graça para servir e amar. Faz-nos vencer o medo irracional que hoje reina entre nós e que nos impede de tocar nos intocáveis desse mundo.

Em Cristo que, por meio do seu Sangue, nos adotaste eternamente. Amém. 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Agrotóxico e contaminação alimentar

Por Kathlean Leal

Imagine se alguém, ao lhe oferecer um cesto repleto de alimentos, antes de lhe entregar borrifasse inseticida em cima deles. E mais: não apenas o aspergisse, mas possibilitasse que fosse incorporado em cada alimento, com o argumento de que colocaria apenas um “nível seguro” que não prejudicaria o consumo. O que você faria? Certamente se recusaria a consumi-los, horrorizado/a com tal proposta, não é mesmo? 
Contudo, este tipo de situação é comum e está “naturalizada” em nossa rotina: a cada dia, ingerimos comida produzida com uso de agrotóxicos e fertilizantes. Cada brasileira/o consome aproximadamente 6 litros destes por ano!!! E estes não estão apenas nas verduras e frutas, como muitas vezes achamos: os biocidas estão presentes no trigo, no milho, na soja, no feijão, no café, arroz, algodão, etc. Ou seja, boa parte de nossas refeições (na verdade, ⅓ delas, segundo dados da ANVISA, 2011, apud ABRASCO, 2012), em alguma medida, está contaminada. 

E não apenas nos alimentos é que nos deparamos com agrotóxico: o solo e a água também são profundamente afetados, por causa da capacidade de parte dos biocidas de se espalharem no ambiente. Pasmem, até mesmo o leite materno vem sendo contaminado, em virtude da propriedade de alguns agrotóxicos de se acumularem no organismo!

Os efeitos do uso de biocidas para a saúde humana abrangem deste agricultores e demais  trabalhadores do setor agropecuário, moradores do entorno dos cultivos e das fábricas, além de todas/os nós, consumidores.  A lista de patologias associadas aos biocidas (mesmo os “menos” tóxicos) é longa, das quais destacamos canceres, má formação congênita, distúrbios endócrinos, hepáticos, renais, neurológicos e mentais (ABRASCO, 2011), algumas associadas a efeitos agudos ou crônicos. 

Apesar dessa assustadora relação de doenças, o quadro pode ser pior: há diversas fragilidades nos estudos científicos sobre as repercussões dos agrotóxicos para a saúde humana. Um delas é que a maior parte dos modelos de avaliação de risco se voltam apenas para a análise da exposição a um princípio ativo ou produto formulado. No entanto, no dia a dia, somos expostos a diferenciadas junções de agrotóxicos, das quais as associações são desconhecidas ou não consideradas nas pesquisas científicas (ABRASCO, 2012, p.45). Ou seja, nem mesmo temos acesso a informações baseadas na nossa realidade concreta acerca das consequências de seu uso. 

Vale destacar que, dos 50 ingredientes ativos de agrotóxicos mais utilizados na lavoura brasileira, 22 são proibidos na União Europeia. Alguns deles são também vedados na África e nos EUA. Tais agrotóxicos banidos possuem ingredientes ativos com elevado grau de toxicidade aguda comprovada  (ANVISA, 2011, apud ABRASCO, 2012, p.35).Por que, então, seu uso continua livre no país? 

Que interesses econômicos há em permitir que nosso povo conviva com venenos tão nocivos? Por que as necessidades do agronegócio e das corporações transnacionais se sobrepõem ao direito à vida e à saúde de nossa população?

Enquanto cristãos, não podemos nos calar diante de tantas injustiças sociais e ambientais causadas por um modelo de produção que traz tantas repercussões negativas para as populações do campo e das cidades, a saúde pública e o ambiente! Neste sentido, a participação na Campanha “Fale em Defesa de uma vida sem agrotóxicos” é uma interessante estratégia para nos colocarmos nessa luta.


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Kathlean Leal é Assistente social, mestre em sociologia, doutora em Serviço Social e professora da Universidade Estadual da Paraíba

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Encontro Nacional da Rede FALE... PARTICIPE!!!

O Encontro Nacional do FALE é um importante espaço de formação, interação, mas também de deliberação. Nesse ano, quando comemoramos nossos 12 anos de articulação da Rede FALE, desejamos construir de forma colaborativa nossos modos de funcionamento e organização.

Este ano será realizado em Belo Horizonte/MG, mas queremos garantir uma ampla participação de falantes de todo o Brasil.

O termo encontro nos remete as diversas possibilidades de interação e aprendizado! Momentos para formação, para orar juntos, para construir os rumos da rede, para crescer, para entrar em crise ou sair dela, para fazer amigos.

Esperamos que este encontro produza muitos encontros!

Saiba mais acessando

http://www.encontro2014.fale.org.br/




quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Entrevista - Campanha Jovens demais para morrer - FALE RJ


O “cidadão de bem” como discurso de legitimação da eliminação do outro

Por Ronilso Pacheco
 história é um profeta com os olhos voltados para trás. 
~ Eduardo Galeano

Ouvi alguém dizer, em uma postagem de Facebook, que tinha medo desse discurso em defesa do “cidadão de bem”. Há boas razões para isso, afinal de contas, em momentos de crise e de aprofundamento da tensão social, onde o aumento do medo, da sensação de insegurança e da violência são marcas de apontamento de uma situação limite, a figura do “cidadão de bem” surge como discurso que vem legitimar toda ação que escapa às fronteiras da justiça institucional, e, sobretudo, da ética das relações. Mas o referido “cidadão de bem” é definido muito mais por “quem não é”, do que por “quem é”, porque, ao que parece, o “cidadão de bem” não existe de fato, ele é um construto, um instrumento que serve para identificar, e principalmente selecionar, quem deverá ficar de fora do arco simbólico da ética. 


Essa seleção serviu suficientemente para os nazistas alienarem os judeus da sociedade europeia ocidental. Em seu Modernidade e holocausto, Zygmunt Bauman afirma que

“todos os ingredientes do Holocausto foram normais; ‘normais’ não no sentido do que é familiar, mas no sentido de plenamente acompanhar tudo o que sabemos sobre nossa civilização, seu espírito condutor, suas prioridades, sua visão imanente do mundo – e dos caminhos adequados para buscar a felicidade humana e uma sociedade perfeita”.
Ou seja, para tornar a Alemanha um país judenfrei (livre de judeus), foi preciso tirá-los da proteção deste arco simbólico da ética. Os judeus deixaram de ser “cidadãos de bem”. Quem era, então, o “cidadão de bem”? O alemão genuíno, homens e mulheres, cristãos, trabalhadores, donas de casa, estudantes, seus velhos sobreviventes da derrota humilhante na Primeira Guerra, mas que não desistiram de construir um país grandioso, com esforço, trabalho e decência. O estado e a justiça foram feitos para estes, e não para aqueles. 


No seu clássico Arquipélago Gulag, Alexander Soljenítsin narra os critérios aleatórios para a pena de morte para os que não correspondiam à condição de “cidadão de bem” da ditadura de Stálin. Um agrônomo fôra condenado a morte por um erro na análise dos cereais da sua unidade; o chefe de uma oficina de artesanato foi condenado porque na sua loja irrompeu um incêndio devido a uma faísca de uma máquina à vapor; um estudante foi condenado a morte pela venda de fitas de aço para a fabricação de penas de escrever. Evidentemente a pena não está relacionada com a “gravidade” da ação praticada, mas sim por se tratar de sujeitos que já não estavam contemplados no arco da ética, já eram inimigos, seres sem direitos, não-cidadãos-de-bem



Mas o Brasil, e especificamente o que se apresenta a nós agora, no Rio de Janeiro, tem as particularidades que já tão bem nos marcam. Basta apenas José Murilo de Carvalho para nos lembrar que a abolição aqui realizada “lançou o restante da mão-de-obra escrava no mercado livre e engrossou o contingente de subempregados e desempregados”. Já em 1892, afirma Murilo de Carvalho em seu Os Bestializados, “Evaristo de Moraes observava que havia na capital ‘gente desocupada em grande quantidade, sendo notável o número de menores abandonados’”. O controle da população marginal, e o que fazer com os que não eram dignos da alcunha de “cidadão de bem”, sempre foi um dilema brasileiro. 



A reforma empreendida por Pereira Passos, conhecido como o Haussman tropical, para aproximar a estética do Rio de Janeiro da charmosa Paris, fez o mesmo, deixando evidente quem estaria fora deste arco simbólico da ética e do direito à cidade. Negros, pobres, mendigos, vagabundos, malandros, desempregados, prostitutas, jogadores, bicheiros, capoeiras, todo tipo de gente que não se enquadrava na definição construída do “cidadão de bem”. 



Portanto, fora do arraial do “cidadão de bem”, supressão de direitos, repressão, violência legitimada, distanciamento da justiça, distanciamento popular, condenação, julgamento moral. Fora do arraial do “cidadão de bem”, todo esforço de intervenção é ridicularizado pela massa social, o que resulta na hostilidade às organizações de Direitos Humanos que gastam o seu tempo “defendendo bandidos”. 



O filósofo esloveno Slavoj Zizek entende que “a ilusão do antissemitismo é que os antagonismos sociais são introduzidos pela intervenção judaica, de modo que, se eliminarmos os judeus, o corpo social harmonioso, não antagônico, terá lugar”. Isso tem muito da nossa tragédia atual. Nossa justificativa é que os ladrõezinhos (ou marginaizinhos, segundo Sheherazade) nos sinais nos perturbam; os crackudos nas praças nos intimidam; os pedintes nos assustam; os presos dos presídios gastam nosso dinheiro; prostitutas e travestis enfeiam e desmoralizam as noites das nossas cidades; pretos incorrigíveis causadores de arrastões tiram o nosso sossego das praias. O raciocínio é que, se eu, preto e pobre, passei necessidade, mas nunca roubei, sempre trabalhei e hoje estou numa das mais importantes universidades do Rio de Janeiro, não posso aceitar que outros, só por serem pretos e pobres, levem a vida roubando e ameaçando os “cidadãos de bem”. Portanto, na medida em que eles forem eliminados ou intimidados com as armas dos que estão dispostos a sujarem as mãos com o sangue do inimigo que nos acuam, teremos uma sociedade mais segura. Então se ampliará o arco simbólico da ética, e só sobrarão os legítimos “cidadãos de bem”. É com esse argumento que estão sustentando toda essa loucura.

Ronilso Pacheco é de São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Estuda Teologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio, integra a RENAS-Rio, afiliada da Rede Evangélica Nacional de Ação Social, o Congresso Nacional Underground Cristão (CNUC). É pesquisador no Programa de Iniciação Científica da PUC-Rio (Ética e Alteridade) e congrega na Comunidade Cristã S8 Rio. Interlocutor para as igrejas na Ong Viva Rio.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Campanha “FALE em defesa da vida sem agrotóxico”

Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, e quebrado a aliança eterna”. Isaías 24:5

No início, Deus se abaixou, pegou um punhado de húmus fértil, trouxe-o aos lábios e, quase degustando o solo, soprou nele e criou a vida. Somos feitos de solo e somos irremediavelmente e irreversivelmente dependentes dele e de tudo ao que ele dá vida. Se o solo morre, nós também morremos. No entanto, para muitos de nós, particularmente nós residentes de cidades, as pessoas e a terra que nos alimentam são invisíveis. Bahnson e Wirzba dizem que essa desconexão significativa com a terra resultou em uma amnésia ecológica[1], presente em duas formas: a física e a existencial.
Existencialmente, perdemos uma compreensão fundamental do quanto nossas vidas dependem e estão interligadas com a vida do resto da criação, desde os microorganismos dentro do solo até as mãos que colhem o nosso jantar.
Fisicamente, a nossa amnésia ecológica faz com que sejamos muitas vezes inconscientes e/ou despreocupados com a imensa exploração enfrentada pelos pequenos agricultores, e também pelo planeta. Embora não possamos testemunhar essa exploração, nós a apoiamos, somos sustentados por ela e ao mesmo tempo, somos prejudicados por ela.
Na maioria das vezes, nós não sabemos quem são as pessoas que fornecem nossos alimentos, quanto do valor que pagamos realmente chega até eles, ou se eles têm todos os recursos de que precisam para crescer de forma ecologicamente correta. Conseqüentemente, nós não sabemos se o que consumimos custou a vida de outros seres vivos, se as nossas escolhas de consumo estão perpetuando um sistema opressivo e a degradação do planeta e se o que comemos está envenenando aqueles que plantam e aqueles que o consomem.
Desde 2010, a Rede FALE trabalha contra essa tendência cultural, através da temática da Soberania Alimentar e Direito a Terra. Nessa época, mobilizamos inicialmente uma campanha pela aprovação da PEC 047/2003, que lutava para incluir “Direito Humano à Alimentação” na Constituição. Graças a mobilização da Rede e de outros setores da sociedade civil, o direito à alimentação foi incluído como um dos direitos sociais dos brasileiros.
Ainda em 2010, o FALE formalizou apoio e participação na Campanha Nacional pelo Limite da Propriedade da Terra e no Plebiscito Popular pelo Limite de Propriedade da Terra. O Plebiscito foi um ato concreto do povo brasileiro contra a concentração de terras no país, que é a segundo maior no mundo, perdendo apenas para o Paraguai. Essa consulta popular foi fruto da Campanha Nacional pelo Limite da Propriedade da Terra, promovida pelo Fórum Nacional da Reforma Agrária e Justiça no Campo (FNRA) desde o ano 2000.
Nessa linha, outros problemas igualmente sérios ainda se apresentam. Nos últimos anos, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos e se tornou o maior consumidor de agrotóxicos do planeta. Enquanto o consumo desses produtos no mundo cresceu 93%, entre 2000 e 2010, no Brasil o aumento foi de 190%. Hoje, cada brasileiro consome mais de cinco quilos de agrotóxicos.
O uso abusivo de agrotóxicos traz sérias implicações para a saúde da população e da agricultura, além da degradação ambiental. Infelizmente o Brasil permite o emprego de substâncias como o Lactofem ou o Paraquate, que foram banidas de diversos países (União Européia, por exemplo), justamente porque inúmeros estudos lá realizados provaram que seu uso causa danos ao ser humano e ao meio ambiente[2]. Além disso, a Bancada Ruralista e as grandes corporações que controlam a produção de agrotóxicos e defensivos agrícolas têm feito pressão em diversas instâncias para garantir a circulação desses produtos.
Em 2013, os nossos irmãos do SPEAK, preocupados com o problema dos agrotóxicos nos Brasil, propuseram uma parceria internacional para exigir do governo brasileiro um posicionamento com relação ao uso abusivo dessas substâncias já vetadas em outros países. No intuito de sensibilizar nossa sociedade e pressionar nossas autoridades quanto a este grave problema, a Rede FALE promove a campanha a “FALE em defesa da vida sem agrotóxico”. Nosso objetivo é que o emprego desses agrotóxicos seja terminantemente proibido em todo território nacional.
A nossa criação tem sido afetada pela ganância que leva à contaminação e morte da terra. Contamos com a sua voz e mobilização para que esse veneno seja extirpado do “pão nosso de cada dia”.

Em Cristo,
Coordenação Nacional e Executiva da Rede FALE


           [1]“Como amnésicos, vivemos uma vida ilusória. Esquecemos aquilo que não é apenas bom, mas que é absolutamente fundamental: que somos corpos ligados um ao outro através de teias de alimentação, da água, da respiração, da energia, da inspiração, do prazer, e da alegria.” Making Peace with the Land: God's Call to Reconcile with Creation' por Fred Bahnson e Norman Wirzba, p. 35


[2] Para saber mais sobre esses estudos, leia o Dossiê da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) - http://greco.ppgi.ufrj.br/DossieVirtual/