quinta-feira, 31 de março de 2011

Entrando na Rede...

Rede FALE cria novo espaço para cadastramento. CADASTRE-SE!


As redes representam uma nova forma de ação coletiva, de mediação sócio-institucional, que possibilita a articulação estratégica entre diferentes atores sociais em torno de uma ou mais causas ou através de uma identidade específica.

Elas possibilitam fortalecimento, ampliação e potencialização das ações sociais e políticas. Permitem a conexão e troca entre os integrantes criando mecanismos de confiança mútua, reciprocidade e solidariedade. Metodologicamente, representam uma nova lógica de ação coletiva: democrática e polifônica (“integração da diversidade”)

Algumas características das redes:

• Estrutura descentralizada e baixa institucionalização;
• Adesão voluntária a princípios e formas de atuação consensuadas;
• Depende da participação ativa de seus membros (co-responsabilidade);
• Foco de atuação bem definido = segmentação;
• Depende da comunicação e do fluxo contínuo de informações;
• Ativismo estratégico: campanhas e incidência em políticas sociais em espaços públicos específicos;
• Decisões horizontais e democráticas: colegialidade;
• Mobilização de baixo pra cima.

A Rede FALE quer que você entre na rede e construa conosco um novo modo de intervir na sociedade e igreja. Para tanto estaremos recadastrando todos os colaboradores, visando ampliar nosso elo de comunicação. Mas se você é novo nesse espaço, não se sinta acanhado, se cadastre também!


Você pode acessar o questionário clicando na aba "Cadastre-se" do lado direito do blog-site, mas para facilitar, é só clicar no link aqui embaixo e preencher esse pequeno questionário, para que possamos encontrar você!


Que possamos juntos, construir um outro mundo possível!




quinta-feira, 24 de março de 2011

FALE no VIII Encontro Missionário Estudantil e Profissional

 

A Rede FALE marcou presença no VIII Encontro Missionário Estudantil e Profiss_DSC9925ional, realizado em Viçosa. Com 92 participantes vindos de todas as regiões do Brasil, de Teresina até Curitiba, entre estudantes e profissionais. Foram dias de palestras, oficinas, mensagens inspirativas, testemunhos e momentos de intercessão, todos visando despertar visão e compromisso missionários.

Uma das faces do encontro foi a temática do trabalho de redes sociais ( apresentada por Klênia Fassoni)  e por meio desta experiência, incentivar a formação de redes para o avanço do Reino de Deus, especialmente na área de responsabilidade social do cristão.

Lissander Dias falou dos desafios de Lausanne e fez uma análise sobre o encontro em Cape Town. Em sua oficina, Dias falou sobre a questão do cuidado com o menor e da sociedade que não cuida dos mais fracos e do papel da igreja como defensora dos pequeninos.

Caio Marçal fez uma oficina sobre Juventude evangélica e Política, onde discorreu sobre a relação entre missão Cristã e cidadania e do papel do cristão na promoção da justiça. Falou sobre a história da participação política da juventude evangélica na sociedade brasileira, do Conselho Nacional de Juventude e a experiência da Rede Fale nessas questões.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Jovens cristãos do Espírito Santo unem-se na luta por Justiça

Segue abaixo relato de Eliezer Silva(FALE e ABU ES) sobre reunião com movimentos cristãos de jovens que definiu agenda para a promoção de direitos no estado do Espírito Santo.

Imagem 018 Nesta segunda (21/03) estiveram reunidos na garagem do edifício do Avalanche Missões Urbanas um grupo diverso de jovens. Cristãos eles. Profissionais, estudantes, pastores, obreiros de tempo integral, entusiastas, artistas também. Gente da ABUB, FALE, Avalanche,JMN, Valentes Noturnos, MTL-ES, etc. Mas havia ali um entendimento mútuo, apesar da diversidade. E o entendimento era acerca de uma missão, a Missão de Deus, da qual somos cooperadores.
Esta Missão é sobre um sonho: Justiça, Paz, Reconciliação, Liberdade e Salvação no Rei. Um sonho sobre um Reino, e a boa notícia (o Evangelho), que o Reino já está entre nós. Que o Rei vive. Que os sinais e maravilhas deste Reino estão presentes. É preciso um pouco de imaginação para ver este Reino enquanto ainda estamos vivendo a realidade e contemporaneidade de um mundo desintegrado. Mas como diria Alberto Caeiro: "não basta abrir a janela para ver os campos e rios; Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores". É preciso sonhar também. É preciso ouvir, viver, olhar e contemplar as coisas como elas são. É preciso sonhar com o ordinário, o comum e o corriqueiro. Pão na mesa daquele que não tem. Perspectiva pra juventude que não tem. Através de atos e palavras, guiados pelo Espírito, mostrar que existe um outro mundo possível. A missão cristão é sempre também um exercício de imaginação, mas uma imaginação voltada para o real, que não foge do ordinário.
Ouvimos uns aos outros, percebendo a multiforme Graça de Deus na maneira que Ele comissiona pessoas
Imagem 030 para amar outras pessoas. Reconhecemos uns nos outros a Voz. Reconhecemos uns nos outros a missão e o potencial de agir. Reconhecemos agendas comuns, uma mesma missão (que é sempre integral), mas diversos pontos de atuação. Uma rede se forma (ou se articula) e se lança no mundo.
Eu só posso dizer que diante dos desafios da realidade capixaba: juventude, sistema carcerário, crack, terra, etc, e dos diversos espaços de atuação e sinalização que temos, o movimento natural é caminhar: juntos, articulados, na Fé, no Amor, na Esperança, proclamando o Reino de Justiça, Paz, Reconciliação, Liberdade e Amor que o Abba nos chama a proclamar”.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Debate sobre a II Conferência de Juventude marca reunião do Conjuve


*Por Max Dias


Uma pauta extensa – e intensa – marcou a primeira reunião ordinária do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), em 2011. O encontro aconteceu nos dias 17 e 18 de março, no auditório do Anexo I do Palácio do Planalto, em Brasília, DF.


O Conselho Nacional de Juventude iniciou suas atividades com o objetivo claro de avançar no debate sobre a II Conferencia.As comissões se reuniram e planejaram suas ações para o ano de 2011, além de redefinir as suas coordenações. Foi um momento importante para que as diversas organizações presentes demarcassem posição acerca de seus interesses. Nos bastidores as articulações aconteceram de forma intensa, mas na Plenária o que se viu foi uma dificuldade imensa em levar adiante propostas sem o consenso das representações. No final das contas, a reunião foi dada por encerrada e o debate adiado para o dia 14 de abril.

A Rede Fale esteve presente demarcando espaço e fortalecendo o apoio a juventude religiosa, principalmente no debate sobre a representação na comissão da Conferência. Na ocasião, Max Dias assumiu a cadeira antes ocupada por André Guimarães. Outro companheiro falante que assumiu a cadeira da ABUB foi Pedro Grabois no lugar de Morgana Boostel. A campanha pela ampliação da rede de atenção DST/AIDS no sertão da Paraíba foi apresentada e cartões foram entregues a Plenária e também ao ministro Gilberto Carvalho.


*Max Dias compõe a Coordenação da campanha "FALE por políticas Públicas de Juventude no Brasil" e é Conselheiro Nacional de Juventude pela Rede FALE.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Redes e organizações evangélicas promovem campanha contra turismo sexual de crianças na Copa 2014

 

Logo_Copa2014 O problema do turismo sexual no Brasil é extremamente grave e traz uma série de prejuízos para nosso povo, especialmente contra crianças e adolescentes. Para se ter uma pequena noção da situação atual, basta ver os números abaixo:

  • No Recife, a Organização Não Governamental (ONG) Coletivo Vida Mulher, calcula em três mil o número de meninas prostituídas a cada verão, sendo que uma em cada três prostitutas na capital pernambucana tem menos de 18 anos;
  • Em mais de 900 municípios do País há vítimas do chamado turismo com motivação sexual infanto-juvenil. Desses, 436 são destinos turísticos do Nordeste. Os números foram levantados pela Unicef, SEDH e Universidade de Brasília.Estatísticas da Organização Mundial do Trabalho (OIT) mostram que 1,8 milhão de crianças e adolescentes são abusados sexualmente no mundo, a cada ano. No Brasil, as cifras mostram que 100 mil meninos e meninas são vítimas de exploração sexual;
  • Aventura e prazer a baixo custo atraem por ano a Fortaleza, segundo a entidade, cerca de 70 mil italianos;Agência de viagem chegam a fazer propagandas sobre facilidades de sexo fácil no país;
  • Há os chamados non-stop party, onde o turista fica hospedado em uma espécie de bordel e pode ter sexo com quem quiser e a hora que quiser, até as viagens de incentivo, em que a agência organiza, além da viagem, um programa de atividades sexuais para motivar ou recompensar homens de negócios.Os valores variam de 2.300 Euros (uma semana) a 3.000 Euros (duas semanas). Há custos extras, como a oferta "Um dia com duas mulheres", que sai por 70 Euros. Caso a viagem seja cancelada após o fechamento do negócio, a multa é de 1.000 Euros.


No intuito de denunciar e lutar contra esta realidade, redes e organizações evangélicas iniciam a Campanha de Enfrentamento ao Turismo Sexual da Criança e do Adolescente na Copa 2014. Com o slogan”Um gol pelos direitos de crianças e adolescentes: exploração sexual não é um jogo. Denuncie!” , a campanha é liderada pela Rede Evangélica nacional de Ação Social (RENAS) e será lançada oficialmente no próximo dia 22 (terça-feira), às 18h30, em São Paulo.

No dia 18 de maio (Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração contra Crianças e Adolescentes), está programada a Marcha contra a Exploração Sexual da Criança e do Adolescente. O projeto unifica outras campanhas evangélicas já existentes em favor da infância, como o Mutirão de Oração pelas Crianças em Risco e a Campanha de Vacinação contra os Maus-tratos de Crianças.

Caio Marçal, secretário de Mobiliação Nacional, entende que “ a promoção dos direitos das crianças passa especialmente pelo fortalecimento de ações conjuntas de organizações que tenham interesse de promover a dignidade dos pequeninos e que é missão da Igreja não esquecer desses”. A Rede FALE participa da campanha e deve mobilizar seus grupos para que sejam propagadores das ações e também está envolvida na logística da campanha.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Dedos sujos, coração esperançoso

Por Diego Ferreira de Oliveira*

 Quando observei o chão, percebi, a cada passo que um pó avermelhado subia e sujava a ponta dos meus dedos mal protegidos pelo chinelo de borracha que estava calçado. A percepção foi rápida, logo que descemos do carro para a sessão de 5 minutos de observação e momento para fotografarmos uma área bem atingida por um deslisamento de encosta numa comunidade chamada Baixa Floresta, em Friburgo região serrana do Rio, um dos locais que mais sofreu pela recente tragédia na região. Um curto espaço de tempo é verdade, mas o suficiente para vislumbrar um cenário comparável a um cenário de pós guerra. Ainda a caminho da comunidade, vimos carros completamente retorcidos, desformes, totalmente inutilizados, casas destruídas, uma mistura de lama, concreto, pedaço de paredes e tetos, pedras enormes que percebemos ter rolado morro a baixo, marcas d'água acima de 2 metros de altura em algumas casas. E então paramos nesse local.

Uma rua transversal a um terreno íngreme, o qual na parte de cima em meio ao cenário de destruição de várias casas, fizemos um pequeno esforço imaginativo e percebemos o que havia acontecido, uma escarpa de rocha na qual provavelmente em momentos anteriores repousava uma camada de terra, na qual as casas haviam sido fundadas, não resistiu ao intenso volume de chuvas e desmoronou levando consigo edificações, mobílias, carros, famílias, vidas e consequentemente tudo que advém daí. Soterrando sonhos, planos, amores. Agora se fazia presente a realidade destroçada de um cenário material que escondia em si uma miscelânea de sensações humanas: frustração, indignação, desânimo, depressão, impotência, mas também por incrível que pareça esperança, sonhos, gratidão diante da não concretização de uma sorte pior.

Eu estava lá por um convite feito da Visão Mundial (uma ONG de ajuda humanitária) à Aliança Bíblica Universitária do Brasil (mais conhecida como A.B.U) a fim de observar um trabalho iniciado por eles na Igreja Central Metodista de Nova Friburgo, chamada “espaço amigável”. Lá seriam desenvolvidas algumas atividades no espaço da igreja, que serviu e ainda tem servido de posto de entrega de alimentos e produtos de necessidades básicas em geral, com as crianças da comunidade Alta e Baixa Floresta, a qual fomos rapidamente visitar uma parte. A noite daquele dia, uma segunda-feira de verão, a igreja desenvolveu uma cerimônia de início do projeto onde se faziam presentes alguns representantes da Visão Mundial, da igreja e até da política partidária local. Mas o que mais me impressionou não foi nada disso, foi algo que a coordenadora local do projeto leu na cerimônia, um texto reflexivo de uma figura maravilhosa da cidade chamado Sebastião Guerra. Um ilustre, outrora, desconhecido para mim; suas palavras junto a uma conversa com um dos pastores locais, e algumas coisas que ouvi aqui e acolá, me despertaram para algo que pode ser extremamente transformador na cidade. O processo de reconstrução de Nova Friburgo.


Nesse texto de Sebastião Guerra intitulado “A lua cresce no céu de Friburgo”, ele apresenta os motivos pelos quais não é possível dizer que tudo está voltando ao normal na cidade, porque segundo ele: “O normal de antes era feito de muitos interesses separados; seja por grupos sociais e econômicos; seja por grupos de famílias; seja por religiões ou entre pessoas 'do bem e do mal'. O normal de antes era civilmente muito solitário, era feito de conselhos municipais esvaziados, envelhecidos antes de florescerem; era feito de instituições sociais importantes e maduras, atuando ingenuamente em nossa sociedade. O normal de antes tinha muito pouco tempo para solidariedade, para servir ao outro acima de tudo.” A atual situação da cidade como relação a seu legado positivo tem como marca fundamental esse sentimento. O amor ao próximo. “Agora é tempo de contar histórias sobre o amor que descobrimos; amor cru, desnudo, amor enlameado”.

Percebemos que o ambiente está mudado, e em processo de percepção e desenvolvimento de algo verdadeiramente novo. Pelos acontecidos as igrejas acabaram tendo um papel fundamental de apresentação de apoio e socorro; é bom ver o papel profético da igreja sendo exercido de forma prática e sem leviandades.


- “Façamos de nossa cidade Nova de novo”, ou algo nesse sentido, disse o pastor local. Nesse momento despertei das digressões feitas; estávamos agora no fim da cerimônia, exatamente naqueles eternos segundos que se sucederam fui tomado por uma sensação profunda no coração, esperança, que talvez seja até um pouco ingênua, mas de algo não posso duvidar é extremamente verdadeira.


* Diego é estudante de História na Universidade Federal Fluminense - UFF, no Rio de Janeiro, membro do grupo local da ABUB e da Rede Fale.

sexta-feira, 4 de março de 2011

‘FALE Rio’ define auxílio a vítimas das chuvas como prioridade para 2011

As ações do grupo local do FALE no Rio de Janeiro serão centradas, durante o ano de 2011, no auxílio às vítimas das chuvas. A definição de ações e prioridades pautou a primeira reunião, ocorrida no dia 26 de fevereiro, na Missão Batista do Grajaú. O grupo já está envolvido em projetos na região serrana do Estado, especialmente na cidade de Nova Friburgo, em parceria com a Visão Mundial e com o suporte da Igreja Metodista local. Durante o encontro, a questão foi discutida e um dos membros que esteve em regiões afetadas pelas chuvas, Diego Ferreira, relatou as impressões que teve diante do cenário de destruição e do convívio com moradores.
Além das definições de direcionamento para as ações do grupo, a reunião focou a formação e o encontro dos presentes. O pastor Clemir Fernandes, que atua na Renas e no Iser, foi convidado a falar sobre o funcionamento e as vantagens da atuação em rede. Ele ressaltou os aspectos potencializadores, como a intersecção entre sonhos, metas e recursos. Também apresentou o esquema de auto-gestão, baseado na troca aberta de informações, ao contrário do que ocorre em organizações que atuam de forma hierárquica, em que a informação é traduzida por privilégio. Enfatizou ainda a adesão e participação voluntárias, como ponto forte das redes sociais e a troca de tecnologia social – o saber-fazer –, que maximiza ações e resultados.

Para Clemir, os principais desafios das redes na atualidade são a sustentabilidade e a manutenção de abertura a novas compreensões da realidade. Além disso, ele tran
smitiu a percepção de que as organizações que querem atuar na lógica da rede precisam aceitar o desafio de tornar-se irrelevantes, no sentido de que
quanto maior a contribuição e mais eficientes os resultados de um grupo dentro da rede, mais disperso e desnecessário ele se torna.
A reunião foi finalizada com um lanche. A próxima reunião do FALE Rio será realizada no dia 19 de março, em local e horário a definir. (por Priscila Vieira e Pedro Grabois)