segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Direitos humanos e missão da igreja

Encontro de Reflexão e Compromisso: 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos

Clemir Fernandes*

A Segunda Grande Guerra havia encerrado fazia apenas três anos. A Europa e o mundo ainda lamentavam seus mortos e se perguntavam como a humanidade do século XX, que acreditou que viveria um tempo de paz perene, liberdade plena e sociedade justa, pode ser capaz de tamanha barbárie.

Neste contexto de tristeza e renovação da esperança foi aprovada pela Assembléia Geral das Nações Unidas a Declaração Universal dos Direitos Humanos, com trinta artigos, tratando de temas fundamentais que procuram reconhecer e defender a dignidade da vida, a justiça, a diversidade entre os diversos grupos humanos.

A Declaração é um documento laico, mas possui uma forte ênfase na ética social da tradição bíblica judaico-cristã. Só para ficar num exemplo, a defesa da manutenção da vida humana pode ser depreendida do texto do Decálogo judaico e cristão, contido na Bíblia, que diz definitivamente: "Não matarás".

Como, portanto, articular o conteúdo da Declaração e os postulados bíblicos de defesa da vida, visando uma ação de luta por justiça e dignidade humana numa sociedade como a brasileira (e fluminense, especialmente), marcada pela morte sem pena e toda a agressão à vida, de que somos sabedores, todos os dias, conforme nos apresentam os meios de comunicação?!

Para destacar a importância da Declaração e o papel das igrejas nesse contexto, a Rede Evangélica Nacional de Ação Social (Renas), núcleo do Rio de Janeiro, em parceria com o Instituto de Estudos da Religião (ISER), promoverão no dia 9 de dezembro, véspera do aniversário de 60 anos da Declaração, um Encontro de Reflexão e Compromisso, com o tema DIREITOS HUMANOS E MISSÃO DA IGREJA.

Dentre os convidados para a mesa, destacamos o advogado Pedro Strozemberg, especialista-militante em direitos humanos e o reverendo André Melo, pastor protestante e antropólogo. Além da mesa de abordagem e debate, teremos uma performance com apresentação de alguns artigos da Declaração, feitos por jovens e uma breve liturgia religiosa em memória de pessoas vitimadas pela violência e de personalidades que dedicaram-se na defesa da vida e da dignidade humana.

O local do encontro, o Instituto Central do Povo, foi escolhido em função de ser um espaço secular de promoção da vida e também por está localizado no complexo onde foram assassinados, após tortura, os três rapazes entregues por agentes do Estado a supostos traficantes de drogas, em junho deste ano.

* Clemir Fernandes, do Instituto de Estudos da Religião (Iser)

Local: Instituto Central do Povo
Endereço: Rua Rivadávia Correia, 188, Saúde, Rio de Janeiro, RJ
Data: 09 de dezembro
Horário: às 14 horas
A entrada é franca
Mais informações: 2220 3380, falar com Regina.

+ Confira o cartaz do evento.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

FALE participa de eventos para mobilização e treinamento durante novembro

Reflexão, mobilização, treinamento e oração foram ações realizadas pela Rede FALE nos diferentes eventos com os quais contribuiu durante o mês de novembro. Confira os quatro eventos que o FALE participou e/ou organizou, em diferentes regiões do país:

+ Semana da Reforma, Sobral, Ceará : 5 a 8 de novembro
+ Fórum Jovem de Missão Integral, Curitiba, Paraná : 15 e 16 de novembro
+ The Call, Curitiba, Paraná : 22 de novembro
+ Oficina de treinamento, São Paulo : 10 a 14 de novembro

‘Semana da Reforma’ reúne academia, igreja e movimentos sociais em Sobral (CE)

Neto Chaves e Paulo Marçal*

O que acontece quando a Igreja, a academia e movimentos sociais se unem em um mesmo propósito? A reflexão desencadeada em Sobral, Ceará, pelos quatro dias da II Semana da Reforma Protestante e I Semana Teológica das Faculdades INTA – uma promoção Aliança Bíblica Universitária (ABU) Sobral, INTA e Rede FALE Sobral, em parceria com as Igrejas de Cristo, Betesda e Batista – foi um marco do esforço coletivo que produziu e produzirá frutos.

Entender os reflexos da Reforma na igreja de hoje, bem como no pensamento acadêmico, foi um dos objetivos do encontro, que contou com a participação de importantes teólogos e pensadores cristãos, que abordaram com clareza as várias nuances desse importante Movimento desenrolado na História da Humanidade, em especial na História Brasileira.

O encontro teve início dia 05 de novembro de 2008. "Questões Religiosas e Sociais nos Dias de Lutero e Hoje" foi o tema da palestra de abertura, proferida no auditório das Faculdades INTA pela teóloga e professora Mestre Eva Arndt (INTA).

Na quinta-feira (dia 06), já no auditório do Educar SESC, os pastores Miguel Ceballos (I Igreja Batista), Célio Júnior (Igreja Betesda), de Sobral, e Júlio César (Igreja de Cristo), de Freicherinha, discorreram sobre "O papel ou não da Reforma no âmbito Tradicional, Pentecostal e Pós-pentecostal da Igreja".

O terceiro dia de atividades contou com a presença de Harley Abrantes, representante da Fraternidade Teológica no Ceará, que abordou o tema "A Reforma Protestante e a Missão política da Igreja", e do pastor Paulo Maurício, diretor do Instituto Cristão de Estudos Contemporâneos, de Fortaleza. Foram distribuídos os cartões Ore e Envie do FALE sobre saneamento ambiental.

Quem compareceu ao último dia da Semana pôde entender mais sobre "A presença do protestantismo no Brasil – da colônia à contemporaneidade", através das palavras do pastor Alexandre Carneiro, doutor em Ciências Sociais e professor da Universidade Federal do Ceará, além de conhecer mais sobre o Fale, através do articulador local, Robson Emanuel. A interação do público, com perguntas após as palestras, foi muito boa. A avaliação dos participantes foi positiva e sentimos que houve uma presença muito mais significativa da academia com relação à Igreja sobralense.

Os líderes da Reforma e seus seguidores insistiram no fato de que toda a vida pertence a Deus e deve refletir seu senhorio. Portanto devemos nos esforçarmos para que os valores do Reino permeiem todas as áreas da coletividade. Precisamos então, romper com essa dicotomia entre sagrado e secular. A Igreja é antes de tudo comunidade de adoração, comunhão e serviço.

Em tudo damos graças a Deus pelo desafio e pelo prazer de testemunhar essa grande passo em direção à compreensão da vontade de Deus.

Soli Deo Gloria.


* Membros do grupo base FALE Sobral, CE

+ Confira outras participações do FALE em eventos durante o mês de novembro

FALE Curitiba (PR) no Fórum Jovem de Missão Integral

Douglas Rezende*

Nos dias 15 e 16 de novembro a rede Fale em Curitiba participou do Fórum Jóvem de Missão Integral em Itaperuçu, região metropolitana de Curitiba, Paraná, com o tema "E vendo, compadeceu-se".

O que vimos foi uma comprometida abordagem cristã da Missão Integral em assuntos raras vezes tratados em encontros evangélicos, como cidadania e política, poluição e consumismo. E também outros já mais comuns, como sexualidade e evangelismo. Com os dados apresentados sobre as questões sociais de nossa região e país, tenho certeza que o Espírito Santo tocou a todos, no sentido de se compadecerem e agirem em suas igrejas.

Um estande do FALE foi montado onde foram disponibilizados panfletos e vídeos sobre Justiça Social e Martim Luther King, além das produções do FALE Cristo e o processo revolucionário brasileiro e o spot FALE por Saneamento Ambiental.

Tive o privilégio de participar da mesa redonda sobre Cidadania e Política, com bom número de participantes. Centrei minha fala na ação do FALE e no exemplo de comprometimento dos profetas bíblicos e personagens da história da igreja, como Wilbeforce e Luther King, em suas posturas pautadas pela ética de denúncia aos poderes e poderosos todas as vezes que injustiças individuais ou coletivas eram cometidas, e o ato de enfrentá-las, visto por eles como extensão da fé e não como algo à margem desta dimensão. Tendo a história como exemplo e Nosso Pai como força motivadora, quais são nossos desafios hoje?
* Articulador Regional do FALE Curitiba


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Equipe FALE Curitiba (PR) expõe problemas de saneamento no 'The Call'

(Na foto, Douglas - segundo da direita para a esquerda - e equipe do FALE Curitiba: mobilização por problemas sociais do país e da localidade)

Douglas Rezende*


Estivemos também presentes no The Call, dia 22 de novembro, evento organizado por várias igrejas em Curitiba, no Paraná, com o objetivo de levantar um clamor por nosso país. Utilizamos o modelo de camiseta do Fale do Ceará, estendemos faixas e cartazes denunciando várias injustiças em nosso país, divulgamos a campanha nacional pelo saneamento básico ambiental com dados nacionais e retiramos de debaixo do tapete nossos problemas locais.
* Articulador Regional do FALE Curitiba


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Oficina facilita avaliação e planejamento das atividades para 2009



(Na foto, Giovanna apresenta material de comunicação da ABUB aos participantes do Treinamento)

Criatividade e dinamismo marcaram as atividades do treinamento que a Tearfund disponibilizou para os parceiros no Brasil. Pela Rede Fale participaram três membros da Coordenação Nacional – Abigail Aquino, Priscila Vieira, Caio Marçal – e a assessora de Comunicação da Aliança Bíblica Universitária do Brasil (ABUB), Giovanna Amaral. Ao final do treinamento, a equipe produziu uma avaliação das ações do FALE e um Plano de Ação, que será discutido no Fórum Nacional do FALE e aplicado durante o ano de 2009.

O treinamento abordou, de forma prática, temas como organização de dados e informações, gestação e captação de recursos, marketing para terceiro setor e outras questões sobre desenvolvimento organizacional. Participaram da Oficina sobre Boas Práticas da Sistematização de Experiências, Comunicação e Captação de Recursos 14 organizações de diversas regiões do país. A facilitadora do evento foi Heidi Bochio, e o apoio logístico foi realizado por Emili Gargalaca. A Oficina ocorreu nos dias 10 a 14 de novembro, em São Paulo. (por Priscila Vieira)

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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Membro do Conjuve pelo FALE avalia aprovação da PEC da Juventude


O representante do FALE no Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), Leandro Silva, acredita que a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional conhecida como PEC da Juventude é um avanço na garantia de direitos para um dos maiores segmentos sociais do país. Leandro é articulador do FALE no Estado do Rio Grande do Norte e, no Conjuve, coordena a Comissão de Acompanhamento do Parlamento. Além de explicar os avanços que a lei recém aprovada pode trazer para a juventude brasileira, ele comenta os próximos passos na mobilização por políticas públicas para/com os jovens do país: a aprovação do Plano Nacional e do Estatuto dos Direitos da Juventude, que devem definir os direitos básicos da população entre 15 e 29 anos.

[FOTO: Leandro Silva (o terceiro, da esquerda para direita), com membros da Coordenação Nacional da Rede FALE]

A aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Juventude pode ser realmente considerada um avanço na atual mobilização pelas Políticas Públicas de Juventude (PPJs)? Em quê?
Leandro- É uma conquista histórica! A PEC da Juventude dispõe sobre os direitos econômicos, sociais e culturais da juventude. Ela preenche uma lacuna no texto constitucional de 1988 que reconheceu a questão dos direitos da criança, do adolescente e do idoso, mas não reconheceu o da juventude. Um país de jovens. É assim que poderíamos denominar o Brasil. Hoje, são 51 milhões de pessoas – entre 15 e 29 anos – que possuem dinâmica própria e necessitam de políticas duradouras específicas e do Estado.
O maior avanço possibilitado pela PEC é que a sua aprovação abre caminho na Constituição para a regulamentação prevista pelo Plano Nacional de Juventude e pelo Estatuto da Juventude. Como representante da Rede Fale no CONJUVE [Conselho Nacional de Juventude], assumi a coordenação da Comissão de Acompanhamento do Parlamento, instituída pelo Conselho para monitorar de perto as proposições parlamentares relacionadas aos direitos juvenis. É uma comissão formada por conselheiros representantes de diversas organizações da sociedade civil e do poder público e cuja agenda em 2008 foi em grande parte priorizada pela agenda de aprovação da PEC, por entender o enorme avanço conceitual que ela representa na forma como Estado brasileiro lida com o tema juventude. Com a PEC aprovada na Câmara, já iniciamos as articulações com o colégio de líderes do Senado Federal e tenho certeza de que a teremos aprovada em definitivo ainda em 2008.

A partir da aprovação desta lei, quais outros passos precisam ser dados para a garantia de direitos sociais para a juventude do país?
Leandro- A partir da aprovação em definitivo da PEC, passamos a uma fase que exigirá de nós ainda mais trabalho: a aprovação de outras duas proposições que já se encontram no Congresso Nacional, o Plano e o Estatuto dos Direitos da Juventude. O Plano Nacional de Juventude (PL 4530/04), que foi construído e discutido ao longo de três anos, é uma importante conquista da juventude brasileira, pois pretende tornar as políticas públicas de juventude responsabilidade do Estado, efetivando-as em todos os níveis institucionais – Federal, Estadual e Municipal, envolvendo todas as esferas do poder público.

Chamo a atenção para o que diz o art. 3º do texto do Plano (PL 4530/04): "A partir da vigência desta lei, beneficiar-se-ão, prioritariamente dos programas e projetos coordenados e subsidiados pelo Poder Público Federal, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que, com base no Plano Nacional de Juventude, elaborar planos decenais correspondentes e constituírem, no prazo de dois anos, órgãos gestores e conselhos estaduais, municipais e do Distrito Federal de juventude". Portanto, a partir de sua aprovação, terão prioridade para receber os projetos e programas do governo federal, os estados e municípios que tiverem feito as adequações ao texto da lei.

O Estatuto da Juventude, que está para ser apreciado em caráter conclusivo por uma comissão especial que será instalada nos próximos dias, vem regulamentar a PEC da Juventude e o Plano Nacional de Juventude, detalhando direitos e deveres dessa significativa parcela da população. O texto define os direitos básicos da população entre 15 e 29 anos e determina que família, comunidade, sociedade e Poder Público são responsáveis pelo cumprimento desses direitos.

Além de atendimento prioritário nos órgãos públicos e acesso à Educação gratuita para os jovens, o projeto prevê sua participação na formulação e na avaliação das políticas públicas voltadas para a Juventude. Os jovens poderão participar de representações escolares e terão acesso aos conselhos municipais, estaduais e federal da juventude. Ainda integra o texto a proteção contra qualquer forma de discriminação, acesso à cultura e à saúde, e a inclusão dos temas sexualidade e abuso de álcool e drogas no currículo escolar.

A aprovação destes dois projetos representa uma enorme mudança de paradigma. Tenho a convicção de que uma das maiores dívidas do nosso País é com a juventude e o Estatuto é um marco jurídico que reconhece e consolida a condição juvenil no Brasil e assegura políticas públicas de Estado. É um processo de mudança histórica no qual a Rede FALE tem participado com a consciência de nosso papel enquanto profetas sociais. Tenho a certeza de que o envolvimento do FALE neste árduo processo de efetivação dos direitos da juventude brasileira, e sua atuação mobilizando e qualificando a participação dos jovens evangélicos neste debate representa um dos mais significativos momentos de nossa existência enquanto rede de defesa de direitos.
(Por Priscila Vieira)


- Veja mais

+ Aprovada lei que inclui ‘juventude’ na Constituição Federal
+ Confira a íntegra da PEC da Juventude

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Aprovada lei que inclui ‘juventude’ na Constituição Federal

A inclusão do termo ‘juventude’ no capítulo dos Direitos e Garantias Fundamentais da Constituição Federal foi aprovada no dia 12 de novembro, na Câmara dos Deputados. A alteração assegura aos jovens de 15 a 29 anos prioridade no acesso a direitos sociais como saúde, alimentação, educação, lazer, profissionalização e cultura – que já eram garantidos às crianças, adolescentes e idosos. A Lei, conhecida como PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da Juventude, segue para o Senado, onde aguarda para ser votada em dois turnos. O encaminhamento da Lei para promulgação do governo federal só pode ocorrer após a aprovação dos senadores.

A PEC da Juventude foi criada em 2003 e, desde então, tramitou no Congresso sem ser colocada em pauta. A votação da Lei é creditada às atuais mobilizações dos jovens brasileiros, com a criação do Conselho Nacional de Juventude e apoio da Frente Parlamentar da Juventude no Congresso.


- Veja mais
+ Membro do Conjuve pelo FALE avalia aprovação da PEC da Juventude
+ Confira a íntegra da PEC da Juventude (em PDF)
+ Conheça os detalhes da Lei no site da Câmara Federal
+ Confira outras informações sobre a votação da PEC da Juventude no Congresso Nacional no site da Juventude

domingo, 9 de novembro de 2008

Estudantes de Marabá (PA) promovem Sarau em tributo a Luther King


Canções, poemas, salmos, clipes, vídeos e peças de teatro invadiram o auditório da Universidade Federal do Pará, campus de Marabá, no 2º Sarau da Justiça - mostra cultural que reúne jovens universitários e igrejas cristãs da cidade para comemorar o mês da Reforma Protestante. Este ano, o evento ocorreu no dia 31 de outubro de 2008 e prestou tributo ao pastor Martin Luther King, que é ícone da luta americana pelos direitos e cidadania da população negra (veja mais) e exemplo para o cristianismo como promotor de justiça.

Além das apresentações culturais, o coordenador da Cosmovisão no Brasil, pastor Guilherme, falou aos participantes sobre a experiência junto a organizações não-governamentais (ONGs) que exercem trabalho de desenvolvimento comunitário à luz da Missão Integral.

O Sarau da Justiça é promovido pelo segundo ano consecutivo pelo grupo base da Aliança Bíblica Universitária (ABU) e grupo local da Rede FALE em Marabá. O objetivo é promover um espaço de fomento artístico e de reflexão sobre justiça social.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Estudantes e igrejas do Ceará discutem legado da Reforma Protestante



Teologia, missão e política são os focos da reflexão promovida por estudantes e igrejas de Sobral, no Ceará. O objetivo da II Semana da Reforma é discutir o legado do movimento desencadeado por Martinho Lutero,no século XVI, para as sociedades contemporâneas. O evento ocorre nos dias 5 a 7 de novembro e as entidades organizadoras são o grupo local da Aliança Bíblica Universitária (ABU), Primeira Igreja Batista de Sobral, Igreja de Cristo/ Frecheirinha e Igreja Betesda.

(Na foto, camisetas que o grupo do FALE em Sobral produziu especialmente para o evento)


Confira abaixo a programação da II Semana da Reforma.

Dia 05/11 (quarta-feira) – Auditório das Faculdades INTA
Abertura
"Questões Religiosas e Sociais nos Dias de Lutero e Hoje”
Palestrante: Profa. Eva Arndt, Mestre em Filosofia e Teóloga —INTA

Dia 06/11 (quinta-feira) —Auditório do SESC
"O papel ou não da Reforma no âmbito Tradicional, Pentecostal e Pós-pentecostal da Igreja"
Palestrantes:
Pr. Júlio César - Bacharel em História / UEVA e Teólogo
Pr. Célio Júnior - Teólogo / Betânia e STPC
Pr. Miguel Ceballos - Mestrando em Teologia

Dia 07/11 (sexta-feira) – Auditório do SESC
Apresentação da Rede FALE - "Levante a voz contra a injustiça"

"A Reforma Protestante e a Missão política da Igreja"
Palestrantes: Pr. Harley Abrantes Moreira - Mestrando em História (UFRN); Bacharel em Teologia (Seminário Batista do Norte do Brasil / Recife); Coordenador da Fraternidade Teológica Latino-Americana (FTL)- Núcleo Fortaleza

Dia 08/11 (sábado) —Auditório do SESC
"A presença do protestantismo no Brasil - da colônia a contemporaneidade"
Palestrante: Pr. Alexandre Carneiro - Doutor em Ciências Sociais (UFC); Diretor do Departamento de Religião, Política e Cultura (UFC); Professor da Universidade Federal do Ceará


Para maiores informações sobre o evento contate:
+ Kelly - anakelly20@msn.com
+ Paulo Marçal - paulocesarsm@bnb.gov.br
+ Róbson Emanuel - robimquili@yahoo.com.br

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

ABU em Viçosa (MG) promove reflexão sobre esperança, sociedade e juventude


A 'Semana da Esperança' é realizada bianualmente e visa intensificar a relação entre cristianismo, vida pessoal e sociedade no meio universitário

Promover a mensagem do evangelho e seu potencial transformador de todas as dimensões da vida é o principal objetivo da VI Semana da Esperança, que acontece na Universidade Federal de Viçosa, nos dias 27 de outubro a primeiro de novembro. O evento ocorre bianualmente, organizado pelo grupo local da Aliança Bíblica Universitária (ABU) e já foi incorporado ao calendário oficial da instituição. Na Semana deste ano, a Rede FALE participa com a organização de uma mesa de debate sobre responsabilidade social da juventude e também mobiliza uma manifestação por saneamento ambiental na cidade.

Esta é a primeira vez que o FALE integra a Semana da Esperança em Viçosa. O coordenador de Articulação Nacional, Caio César, enfatiza a oportunidade de levar ao evento as campanhas atualmente desenvolvidas pela Rede. “A Semana da Esperança é um evento com muita credibilidade, que catalisa muitas atividades interessantes. Nosso intuito é, com outros parceiros, contribuir efetivamente para que as pessoas vejam que o Deus que servimos nos leva a amar e se preocupar tanto com o indivíduo como também com a coletividade”, afirma Caio.

Esperança x depressão
O tema do evento este ano é “Esperança: em quê? Por quê? Para quê?” e está fundamentado nos versículos 18 e 19 da carta aos Hebreus: “mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta; a qual temos por âncora da alma, segura e firme e que penetra além do véu”.

Uma das organizadoras da Semana da Esperança, Tábata Mori, ressalta a importância do tema: “acreditamos que quando temos esperança conseguimos superar o individualismo, a concorrência, talvez a solidão que vez em quando encontramos nesses anos de universidade. A esperança é aquilo que nos move mesmo contra qualquer expectativa. Precisamos disso sempre. O contrário nos leva à tristeza, à depressão e talvez ao suicídio”. Ela lembra que a Semana da Esperança existe como forma de combate aos altos índices de suicídio, depressão e consumo excessivo de álcool e drogas na localidade.

Universidade e comunidade
A Semana da Esperança foi criada em 1998, pela ABU, com o objetivo de envolver estudantes, professores e funcionários da Universidade com a mensagem do amor divino como forma de buscar intervir no contexto de Viçosa. Outro intuito do evento é combater a apatia e indiferença de parte dos estudantes para com a comunidade local. A realização da Semana da Esperança é apoiada por igrejas e organizações cristãs da região.

Encontro Estadual do FALE no Rio de Janeiro


por Pedro Gabrois

Nos dias 18 e 19 de outubro de 2008, cerca de 30 pessoas estiveram reunidas em encontros do FALE no Rio de Janeiro e em Niterói. Na sexta-feira, 17, Caio César Marçal, Articulador Nacional do FALE, que participou dos encontros, esteve presente em Seropédica, visitando um grupo da Aliança Bíblica Universitária (ABU) na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

Os encontros nessas três cidades foram importantes para apresentar as propostas do FALE para muitos jovens, que hoje já atuam em igrejas locais e/ou com movimentos como ABU, Evangélicos Pela Justiça (EPJ), Capacitados para Repartir (CARE) e o Alfa & Ômega. Pessoas de pelo menos oito igrejas diferentes participaram, sendo que várias delas decidiram fazer parte de um grupo local do FALE.

Cada cidade tem características diferentes, e os grupos e pessoas que estiveram presentes nos encontros apresentaram demandas específicas. É muito provável que a agenda local dos futuros grupos FALE fique a serviço das demandas que já são percebidas e reconhecidas hoje. Tínhamos ainda presente no encontro em Niterói uma pessoa de uma igreja da cidade de São Gonçalo.

Em todos os encontros contamos com a participação e o apoio das igrejas locais (membros e pastores) que nos receberam, e por isto agradecemos à Igreja Presbiteriana de Vila Isabel e à Igreja Cristã da Aliança.

Há muita coisa ainda a ser consolidada em próximos encontros e reuniões, mas esse final de semana de articulação foi decisivo para a mobilização de pessoas que já entenderam que é preciso buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua Justiça!

Outras informações e fotos sobre o evento estão no blog Justiça Integral. Acesse também os relatos do articulador nacional, Caio Marçal, sobre os eventos no Rio de Janeiro.

* Pedro Gabrois é articulador regional do FALE no Rio de Janeiro, estudante de Filosofia na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e membro da Aliança Bíblica Universitária (ABU).

Relato: articulador nacional do FALE no Rio de Janeiro

por Caio Marçal

FALE e ABU em Seropédica
Cheguei sexta-feira no Rio de Janeiro, dia 17 de outubro, às 5h30. Encontrei-me com o [articulador regional] Pedro Grabois e fomos para uma reunião com o pessoal da Aliança Bíblica Universitária da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), no município de Seropédica. Chegando lá encontramos com o [articulador regional] Ednaldo. Ao meio-dia dei uma palavra devocional na ABU, relacionando espiritualidade com justiça e defesa dos mais pobres. A resposta do grupo foi muito boa e penso que, a partir de agora, o FALE terá um papel importante naquele local.
Depois tive uma reunião com os articuladores estaduais e fechamos a programação do sábado no Encontro Estadual do FALE, na cidade do Rio de Janeiro. De Seropédica rumamos para a UERJ, onde participamos de uma reunião da ABU que durou até às 20h30.

Encaminhamentos no Rio
No sábado era o primeiro momento do Encontro Estadual do Fale na Igreja Presbiteriana Vila Isabel, que começou às 9h30. O Luiz Longuini deu a devocional e logo após falou sobre missão e justiça. Apresentamos o vídeo "Cristo e o Processo Revolucionário Brasileiro", que se seguiu de debate sobre os temas levantados pela manhã.

À tarde eu e o Ednaldo falamos sobre a campanha de saneamento. Apresentamos alguns vídeos do Projeto "Trata Brasil" e fotos de Marabá. Para finalizar o dia, fechamos uma agenda mínima para o grupo FALE no Rio. Alguns nomes foram colocados para assumir funções de mobilizador local, coordenação de oração e de publicidade.
De noite fomos para a Igreja Presbiteriana de Jacarepaguá e fizemos alguns contatos com líderes de jovens.

Domingo era o dia de ir para Niterói, onde às 14h começamos o Encontro Estadual na Igreja Cristã da Aliança. Fiquei impressionado com o que vi lá! Encontramos jovens que, na maioria tinham 19 anos, querendo muito caminhar e pensar uma igreja que tenha como eixo mudar a realidade que vivemos. Ao fim do evento, o grupo escolheu três líderes e marcou uma reunião para o dia 26 de outubro, para fechar uma agenda local de atuação. Isso é muito positivo, já que delineia um papel de protagonismo por parte do próprio grupo.

Partimos de Niterói e fomos para a Igreja Batista Itacuruçá. Lá foi reservado um tempo para que pudéssemos falar e incentivar a igreja a se envolver com justiça social e com o FALE.

Registros pessoais
Gostaria de registrar o cuidado do Pedro e de sua família, como também a sua disposição em fazer o FALE acontecer.

Minhas impressões nesses dias foram de que, além do evidente crescimento do FALE, precisamos melhorar nossa estrutura de amparo aos grupos. Precisamos investir na formação dos articuladores locais por causa do aumento das demandas.
Resultados da Articulação em 2008

Precisamos nos alegrar, porque além de ter o prazer de nos movermos em direção daqueles que mais precisam, hoje já vemos os frutos que o Senhor tem feito crescer. Esse ano, com todas as dificuldades, foi excelente em termos de articulação. Foram 42 atividades apenas no primeiro semestre e passamos de 7 articuladores estaduais para 14. Talvez cheguemos a 16 até o fim do ano. Até aqui nos ajudou o Senhor!
Em Jesus,

Que nos chama ao servir e a promoção de Justiça!

Caio César Marçal
Articulador Nacional do FALE, estudante do Centro Evangelístico de Missões, em Viçosa (MG).

Confira outras informações sobre as atividades do FALE no Rio de Janeiro no relato Encontro Estadual do FALE no Rio de Janeiro. O blog Justiça Integral também publicou fotos dos eventos.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

FALE no Congresso Brasileiro de Missões

A Rede FALE esteve representada no V Congresso Brasileiro de Missões, em Águas de Lindóia, São Paulo, pela coordenadora de Oração e Liturgia, Abigail Aquino. Durante os cinco dias do evento foram distribuídas 1200 cópias do Respondendo ao Chamado, o informativo oficial do FALE.

Para Abigail, esta foi uma importante ação de divulgação da Rede. Ela salienta que o interesse despertado no público que recebeu o informativo. “Foi muito bom entregar o jornal e a maioria dos presentes felicitou o trabalho da ABU [Aliança Bíblica Universitária] com saneamento”, declara.

O evento reuniu 1600 pessoas e já está com a próxima edição marcada para 2011, em Recife. Outras informações sobre o evento podem ser obtidas na página oficial do CBM.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Jovens cristãos mobilizam participação evangélica em políticas de juventude

O ‘II Seminário Evangélico de Políticas Públicas de Juventude’, que ocorreu em São Paulo, no final de agosto, reuniu aproximadamente 40 jovens cristãos para discutir a mobilização evangélica nas questões de juventude. Do evento saíram duas cartas: a Carta Aberta em apoio ao Pacto pela Juventude e a “Carta Convite”, que está em fase de finalização por uma comissão eleita durante o evento.

O objetivo da Carta Convite é o envolvimento de igrejas e entidades cristãs na elaboração e implementação das Políticas Públicas de Juventude (PPJs), através da promoção de eventos e participação nos conselhos locais e regionais de juventude. Durante o Seminário os jovens tiveram momentos de reflexão e debate sobre participação cristã na política, direitos e deveres da juventude, atuação específica nas PPJs e no Conselho Nacional de Juventude (Conjuve). Ao final do evento, os jovens assumiram o compromisso de agir localmente e de levar estas reflexões para a sua igreja, comunidade, escola ou ambiente de trabalho.

O II Seminário Evangélico de Políticas Públicas de Juventude foi organizado pela Visão Mundial e pelas três entidades evangélicas que integram o Conjuve – Jovens com uma Missão (Jocum), Aliança Bíblica Universitária do Brasil (ABUB) e Rede FALE.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Carta Aberta em apoio ao Pacto pela Juventude

Nós, cristãos, evangélicos e católicos, presentes no II Seminário Evangélico de Políticas Públicas de Juventude, realizado em São Paulo, de 29 a 31 de agosto, reafirmamos a importância do Pacto pela Juventude, ciente de seu caráter de documento em construção.

Ressaltamos a urgência de que haja esforço por parte de todas as esferas governamentais na elaboração e implementação de políticas públicas de juventude (PPJ).

Reconhecemos os jovens como sujeitos de direitos e deveres. Cientes da pluralidade juvenil, acreditamos que o governo deve reconhecer e valorizar essa diversidade, considerando as necessidades específicas das juventudes na formulação de PPJ's.

Entendemos que as políticas públicas devem acontecer de modo integrado nas diversas ações governamentais e articuladas a políticas de outras secretarias e ministérios de modo a garantir o desenvolvimento integral dos jovens.

Apoiamos a criação de secretarias e conselhos municipais e estaduais que promovam novos espaços de participação. Cremos que vivemos um momento histórico único na juventude brasileira e é necessário avançar para que jovens que estão à margem desse processo tenham seu direito de participação política garantido.

Acreditamos em um modo diferenciado de fazer política, não estamos preocupados em defender uma bandeira pretensamente evangélica. Para tanto, orientamos nossa participação no ver e ouvir as necessidades dos diferentes grupos, lembrando daqueles que não estão presentes e cujos direitos ainda não foram garantidos.

Os valores cristãos é que norteiam nossa prática: propomo-nos a servir e amar a todos sem distinção, nos mobilizamos para resgatar a dignidade das pessoas e para promover a vida a fim de contribuir com a construção de uma sociedade mais justa. Oramos para que a paz, que é fruto da justiça, seja plena em nossa sociedade. E assim como declarou o profeta Amós “... que a justiça corra como um rio que não seca”.

São Paulo, 31 de agosto de 2008.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

sábado, 26 de julho de 2008

Conjuve lança Pacto pela Juventude

Entidades evangélicas que integram o Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) participaram da formulação do Pacto pela Juventude, que foi lançado em Brasília, no dia 22 de julho. O Pacto contém 70 resoluções de Políticas Públicas para a juventude, sendo 22 prioritárias e tem por objetivo manter as discussões sobre os problemas enfrentados pela juventude brasileira e as políticas públicas que podem melhorar a vida do jovem. A Aliança Bíblica Universitária do Brasil (ABUB), Jovens com Uma Missão (Jocum) e Rede Fale representam os evangélicos no Conjuve e buscam defender princípios cristãos em discussões como o Pacto, que definem as ações do governo para a juventude nos próximos anos.

Dentre as propostas principais do Pacto estão a garantia e a visibilidade dos direitos dos negros, a ampliação dos investimentos na educação e a prática de esporte e da cultura como fundamentais para o desenvolvimento dos jovens. De acordo com o presidente do Conjuve, Danilo Moreira, há mais de 50 milhões de jovens na faixa etária de 15 a 29 anos no Brasil, e a atenção aos negros é fundamental para resolver outros problemas, além do preconceito. “A maioria dos jovens que sofrem violência nas grandes periferias são negros. Eles são vítimas por causa de questões sociais, econômicas e raciais”, destaca o líder.

Uma das representantes da ABUB no Conjuve, Sarah Nigri, explica que o Pacto tem como proposta “criar mecanismos de controle social sobre a implementação das políticas públicas de juventude, incentivar a formação de espaços de discussão sobre as resoluções aprovadas na Conferência Nacional, fomentar a criação de órgãos institucionais de juventude nos estados e municípios, enfim, fortalecer o diálogo entre os diversos segmentos da sociedade civil e entre estes e o poder público, além de efetivar uma política de juventude nas três esferas: municipal, estadual e nacional”.

Ela enfatiza a importância da participação da juventude evangélica neste processo. Os debates e ações do Conjuve são as bases que formularão as políticas públicas de juventude, ou seja, fundamentam as decisões do governo direcionados ao jovem nos próximos anos. “Como cidadãos, temos a obrigação de fiscalizar as ações do Estado e também temos o direito de participar da construção de alternativas para a superação das desigualdades sociais em nosso país”, afirma.

Nigri acredita que a participação dos evangélicos nas discussões sobre juventude ainda deixa a desejar. “Precisamos reforçar no meio evangélico a noção de responsabilidade social do cristão e esclarecer que lutar pela justiça e pelos direitos dos excluídos não é uma questão de ‘caridade’, mas parte de nossos deveres como seguidores de Cristo”, enfatiza a estudante.

Conjuve

O Conjuve é o órgão consultivo da Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), cujo objetivo é assessorar a formulação de diretrizes da ação governamental, promover estudos e pesquisas acerca da realidade socioeconômica juvenil, assegurar que a Política Nacional de Juventude do Governo Federal seja conduzida por meio do reconhecimento dos direitos e das capacidades dos jovens e da ampliação da participação cidadã.

(Fonte: Agência Soma)

Veja mais sobre participação evangélica no Conjuve:
+ ABUB e FALE integram Conselho Nacional de Juventude

terça-feira, 1 de julho de 2008

Saneamento afeta rendimento escolar infantil

O acesso ao saneamento básico causa um aumento de 30% no aproveitamento escolar infantil, segundo pesquisa do Instituto Trata Brasil e Fundação Getúlio Vargas (FGV). Apesar disso, a falta de saneamento atinge 53% da população brasileira. Esta situação coloca em risco a saúde das pessoas e o desenvolvimento das crianças. O estudo revela ainda que 11% das faltas cometidas por trabalhadores que habitam regiões sem saneamento estão ligadas a esse motivo.

A universalização do acesso à rede geral de esgoto deverá acontecer apenas daqui a 115 anos, em 2122, informa a pesquisa. "Cada R$ 1 milhão investido em obras de esgoto sanitário gera 30 empregos diretos e 20 indiretos", ressaltou. "Com o investimento de R$ 11 bilhões por ano, reivindicado pelo setor de saneamento, calcula-se que sejam gerados 550 mil novos empregos no mesmo período", diz Felli.

Segundo a pesquisa, a Bahia, com o Projeto Bahia Azul, voltado ao saneamento e meio ambiente e adotado na década de 70, registrou, em nove anos (1991-2000), um crescimento na taxa de acesso à rede de esgoto de 18,84% para 68,42% (aumento de 236,98%). O que lhe rendeu o terceiro lugar no ranking de acesso ao saneamento no País em 2006, com 78,42%, atrás apenas de Minas Gerais (83,58%) e São Paulo (78,64%).

Despoluição da Guanabara

Já no Rio de Janeiro, o Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG) não conseguiu resultado satisfatório, principalmente se comparado aos resultados apresentados na Bahia, Estado maior e mais pobre. Também num período de nove anos (1991 a 2000) o Rio apresentou aumento no índice de acesso populacional ao saneamento de 47,08% para 64,98% (aumento de 38,02%). Resultado baixo que, segundo a pesquisa, pode se ver refletido na deflagrada epidemia de dengue.

"Com a pesquisa, desenha-se um cenário mais completo sobre as conseqüências ao desenvolvimento das gerações presentes e futuras. A universalização do saneamento no País é fundamental para melhorar os indicadores de desenvolvimento humano brasileiros", concluiu o presidente do Instituto Trata Brasil.

Fonte: Agência Soma
www.agenciasoma.org.br

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Campanha contra o infanticídio indígena

"Meu nome é Eli. Eu sou um líder indígena da etnia Ticuna, do Amazonas.

“Centenas de crianças indígenas foram rejeitadas por suas comunidades nos últimos anos. Condenadas à morte por serem portadoras de deficiências físicas ou mentais, por serem gêmeas, ou filhas de mãe solteira, elas foram enterradas vivas, envenenadas ou abandonadas na floresta. Muitas eram recém-nascidas, outras foram mortas aos 3, 5 e até 11 anos de idade.

“A prática do infanticídio causa um grande sofrimento nas famílias das crianças. Conheço muito bem a dor que essas famílias enfrentam quando são forçadas pela tradição a sacrificar suas crianças. Mas conheço também mulheres corajosas que enfrentam a tradição e literalmente desenterram crianças que estavam condenadas à morte. Essas mulheres, mesmo sem nunca terem estudado direitos humanos, sabem que o direito à vida é muito mais importante que o direito à preservação de uma tradição. Por causa do sofrimento do meu povo indígena, e da coragem dos meus parentes que se opõem ao infanticídio, eu me dispus a trabalhar na elaboração de um projeto de lei. O primeiro esboço saiu da minha cabeça. Numa segunda fase, contei com o apoio de uma equipe de especialistas e de um deputado federal sensibilizado pela causa.

“Como indígena e defensor dos direitos fundamentais, conclamo a sociedade brasileira, índios e não-índios, a participar da Campanha Lei Muwaji. A primeira coisa que peço é que você assista ao documentário Hakani – a história real de uma menina suruwaha que foi enterrada viva, mas foi resgatada por seu irmão de nove anos. Você vai se comover com a luta desse menino para salvar a vida de sua irmãzinha. Depois de assistir ao filme, ajude-nos a pressionar o governo para que a Lei Muwaji seja votada com urgência. Faz exatamente um ano que o projeto de lei está parado na Comissão de Direitos Humanos, o que mostra o total desinteresse do Congresso pela causa indígena. Temos menos de um mês para fazer com que a comissão vote o projeto ou ele cairá no esquecimento. Nós precisamos da sua ajuda para superar essa prática terrível que ceifa a vida de centenas de crianças inocentes”.

O documentário sobre a menina que foi resgatada pelo irmão está no site Hakani, que reúne outras informações sobre infanticídio e a campanha pela Lei Muwaji.








sábado, 14 de junho de 2008

Dados sobre a juventude brasileira

Baixa escolaridade, desemprego e miséria afetam grande parte dos jovens brasileiros. Dados sobre o relacionamento da população juvenil e a sociedade brasileira foram recentemente divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no artigo "Juventude e Políticas Sociais no Brasil", assinado pelo diretor-presidente Marcio Pochman. Confira abaixo os números de alguns dos problemas enfrentados pelo jovem no país.

- Há 51 milhões de jovens brasileiros entre 15 e 29 anos.

- 66% deles estão fora de salas de aula.- Apenas 13% deles estão cursando curso supe *Juventude e políticas sociais* - Apenas 48% dos que têm 17 e 18 anos estão estudando no Ensino Médio.


- A principal causa alegada para não estar estudando, entre os homens é ter que trabalhar para ajudar a família; entre as mulheres, a gravidez.

- 46% deles estão desempregados.

- E 50% dos 54% que estão empregados trabalham sem carteira assinada. Ou seja, do total de jovens, apenas 27% têm emprego com carteira assinada, e por tanto direitos trabalhistas e previdenciários. O que no futuro lhes trará muitos problemas.

- 31% de todos eles podem ser considerados miseráveis, pois possuem renda per capita inferior a meio salário mínimo.

- 70% dos jovens considerados pobres, são negros.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Mutirão de Oração por Crianças e Adolescentes em situação de Risco

Ore porque:
A oração é aquilo que nos capacita estar em todos os lugares, tocando todas as pessoas, atuando em todas as necessidades a fim de mudar a realidade de milhões de crianças e adolescentes, através da ação do Espírito Santo.


O que é situação de risco?
Dentro de uma estrutura social baseada na segregação, crianças e adolescentes são impedidos de terem seus direitos fundamentais preservados. Persistindo as condições de vida atuais, não terão seus direitos assegurados no que diz respeito a uma vida digna e produtiva.


O que é o Mutirão Mundial de Oração Por Crianças e Adolescentes em Situação de Risco?
Por iniciativa da Viva - rede de ministérios cristãos que servem à criança e ao adolescente – e promovido no Brasil pela Rede Mãos Dadas, milhões de cristãos de mais de 90 países participam, a cada ano, do Mutirão Mundial de Oração por Crianças e Adolescentes em Situação de Risco.

Até 2005, a campanha se chamava Dia Mundial de Oração Por Crianças e Adolescentes em Situação de Risco. No Brasil, desde 2003, decidimos chamar de Mutirão de Oração, porque reservamos não somente um dia, mas sim a primeira sexta-feira e o primeiro fim de semana de junho. A partir de 2006, a coordenação internacional decidiu reservar o primeiro fim de semana de junho para o que chamou de Fim de Semana de Oração.



Quem pode participar?
O convite de Deus para fazer a diferença é direcionado a toda a Igreja, em todos os seus ministérios e instituições paralelas, aos cristãos de todas as idades. É importante que a Igreja atenda ao chamado para amar e cuidar dos pequeninos e reconheça a importância deles aos olhos de Deus, percebendo-se como instrumento do Senhor para salvar espiritualmente e resgatar socialmente as crianças e adolescentes em situação de risco.


Como participar?
Mobilize intercessores. Divulgue o evento com antecedência. Espalhe os cartazes por sua igreja ou organização. Separe os motivos de oração e faça momentos em grupo e de oração silenciosa. Use estatísticas, fotos e músicas. Conte histórias e prepare uma apresentação de crianças e adolescentes. Faça uso da capacidade criativa de todos os grupos envolvidos, sem se esquecer das crianças e dos adolescentes.


Quando?
Na sexta-feira, dia 6, programe um momento de oração em sua organização, empresa ou projeto. Nos dias 7 e 8, convide todos para participarem de um período de oração por crianças e adolescentes em risco ou insira esse período na programação da igreja.


Faça o download do Material de Apoio para Mobilização nos sites:



sexta-feira, 16 de maio de 2008

FALE em Congresso da CIBUC, em Fortaleza


A Rede FALE esteve presente no Congresso da CIBUC, em Fortaleza, nos dias 1 a 3 de maio.
Rodolfo Silva realizou uma Palestra sobre o Ciclo de Defesa de Direitos.
Durante a Palestra, grupos pequenos conheceram o Cartão FALE por Saneamento Ambiental no Brasil e discutiram agendas de Defesa de Diretos em suas comunidades.


Congresso de Ação Social da CIBUC: Recursos para a Ação Social da Igreja Local

Quando pensamos em recursos para Ação Social, pensamos logo em dinheiro e o fato de que não o temos. O Congresso de Ação Social, promovido pela coordenadoria de Ação Social da CIBUC – Convenção das Igrejas Batistas Unidas do Ceará, explorou este tema em seus diversos aspectos.

Nos dias 1 a 3 de Maio de 2008, por volta de 200 irmãos, de 33 igrejas e congregações e 19 cidades cearenses participaram da rica programação do Congresso. Inquietos com a desigualdade social, e cientes do forte apelo bíblico ao clamor do pobre e o desejo divino que acolhamos os necessitados (Salmo 82:3,4; Malaquias 3:5), os congressistas encontraram na troca de experiências, estudos bíblicos, oficinas, palestras e mensagens, direcionamento e força para iniciar ou aprimorar ações em suas igrejas.

As reflexões no congresso vieram de diversas maneiras. Na oficina de música, os congressistas perceberam, em um a contagem rápida, que pelo menos 49 dos 150 salmos falam sobre o pobre ou justiça social. Esta descoberta trouxe à tona o fato do canto em nossas igrejas não refletir esta proporção. No entanto, a música tema do congresso teve como título “Amor em Palavra e Ação”.

Baseando sua mensagem bíblica no texto base para o Congresso, 2 Reis 4:2 a 7, o Secretário Executivo da CIBUC, Pr Etevaldo Siqueira, explanou sobre como a viúva mencionada no texto, sentiu-se impotente diante da sua situação, acreditando que o que tinha em mãos não era de nenhum valor. Porém, o profeta Eliseu, usado por Deus, levou-a a enxergar os recursos que ela já possuía, a arrolar a ajuda dos filhos e vizinhos e a iniciar uma atividade produtiva, sustentável. “O que posso fazer por você? Diga, o que você tem em casa?” 2 Reis 4.2

Refletindo nesta pergunta por diversos ângulos, os congressistas puderam perceber as riquezas já existentes em nossas igrejas, que devem ser utilizadas para enfrentar os problemas sociais entre seus membros e em suas comunidades. Meditando em Romanos capítulo 12, o Pr Mark Greenwood, Coordenador de Ação Social da CIBUC, sugeriu que Deus capacitou a sua igreja com alguns recursos naturais para a luta contra a desigualdade social: solidariedade, garra, coragem e paciência, oração, hospitalidade, humildade, comunicação, generosidade e amor. Colocando estas dons em ação o Corpo de Cristo tem um impacto na sociedade.

O congresso ofereceu seis oficinas visando fomentar a ação transformadora da igreja na sociedade: alimentação, capacitação de adultos, formação infanto-juvenil, música, atividades esportivas e intercessão. Cada um destes momentos levou a formação de uma Rede de Apoio para o desenvolvimento das atividades específicas. Material para o trabalho, contatos relevantes e troca de experiências garantiram o excelente aproveitamento destes momentos.

A visão de todos foi expandida com importantes contribuições da irmã Rosilene Nazar (em vídeo), do Comitê de Ação Social da CBB; Pr Holdair Drefs, da Diaconia; o irmão Rodolfo Silva, da ABU/FALE e irmão Geter Borges, da REBAS, e articulador da Agenda 21, programa internacional para desenvolvimento sustentável. No culto de encerramento, Pr Marcos Monteiro, da PIB Fortaleza, nos levou a refletir em Gálatas 6:10, “não nos cansemos de fazer o bem”, mostrando recursos que a bíblia nos ensina para permanecemos fazendo o bem.
Acreditamos que, através deste congresso, foram providenciados às igrejas da CIBUC recursos para serem sal e luz nas suas comunidades, assim trazendo glória ao Pai que está nos céus (Mateus 5:14 a 16).


Da Organização do Evento

Carga tributária onera 32,8% da renda dos mais pobres

Aos pobres, o que é dos ricos. Essa é a lógica da cobrança tributária no País. De acordo com o economista Marcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os mais pobres carregam uma carga tributária maior que a dos mais ricos, Brasil afora. A afirmação é com base no último estudo realizado pelo Ipea e apresentado, ontem, ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Na palestra "Justiça tributária: iniqüidades e desafios", Pochmann mostrou que, para os 10% mais ricos, a carga tributária representa uma fatia de 22,7% da renda e, para os 10% mais pobres, um bolo de 32,8%. A diferença aprofunda o fosso entre essas duas classes de brasileiros. A pesquisa do Ipea sublinha: os 10% mais ricos concentram 75,4% da riqueza nacional. Os impostos são de difícil digestão: boa parte deles está nos alimentos ou em bens de consumo. Trata-se da tributação indireta, base da arrecadação no Brasil. O que significa dizer que essa forma de cobrança atinge, em cheio, o pobre. Marcio Pochmann explica que a renda do pobre é destinada, principalmente, para "produtos de sobrevivência", daí, o maior pagamento de impostos. Tanto que, considerando apenas a tributação indireta, os pobres pagam a conta: a carga tributária é de 29,1% contra 10,7% dos mais ricos.

Reforma
A pesquisa do Ipea objetiva oferecer ferramentas para um melhor ajuste na reforma tributária em planejamento. Marcio Pochmann entende que há relação direta entre justiça tributária e igualdade social. "O Brasil é a décima economia do mundo, mas se encontra em um processo brutal de desigualdade", contrapõe. Para equilibrar os dois pratos da balança, Pochmann sugere mais peso do lado dos ricos. A cobrança do imposto de renda, por exemplo, poderia seguir o modelo de países já desenvolvidos e que estabeleceram diversas faixas de cobrança, de acordo com a classe social (percentuais que variam de 5% a 45%). "O que eles têm que não temos: tributos que oneram os ricos", aponta o economista. A renda do pobre é destinada, principalmente, para "produtos de sobrevivência"


Ana Mary C. Cavalcante
Publicado em Jornal O Povo, Fortaleza-Ce, Sexta-feira - 16 DE MAiO DE 2008



terça-feira, 29 de abril de 2008

Jovens evangélicos pensam ações conjuntas na CNJ

Vanise Andrade
(Revista Viração)
29/04/2008

Cerca de 50 jovens evangélicos reuniram-se ontem, dia 28, no fim dos debates nos grupos de trabalho para uma integração. Além da surpresa de encontrar outros evangélicos na Conferência Nacional da Juventude, as e os jovens perceberam que estão envolvidos em uma articulação nacional, unidos pelos trabalhos sociais e voluntários desenvolvidos nas igrejas que freqüentam. O objetivo da reunião era articular e mobilizar jovens de vários lugares para realização de ações em conjunto.

“Nosso grupo tem uma capilaridade enorme porque todas as igrejas têm um grupo de jovens, muitas vezes fazendo o que o Poder Público não dá conta, chegando onde as ações governamentais não chegam. Mas, infelizmente, esses jovens ainda estão desorganizados”, avalia Leandro Silva Virginio, Conselheiro Nacional da Juventude representando a Rede Fale – movimento presente em todos os estados e que atua nas temáticas da reforma urbana e do racismo, temas pouco debatidos nas igrejas.

Sua fala se justifica com a informação de que 28% dos jovens brasileiros participam de algum grupo social; destes, mais de 60% estão em movimentos ligados a igrejas, conforme pesquisa do Instituto Pólis.

Conforme Alexandre Brasil, do Rio de Janeiro, as principais propostas que saíram das 12 conferências livres realizadas pelos jovens evangélicos no país foram: a reforma educacional; a institucionalização do tema juventude no estado brasileiro; e a valorização da diversidade cultural.

Momento polêmica

A juventude evangélica com freqüência é criticada pelos seus posicionamentos acerca de assuntos polêmicos como a união civil de homossexuais. Elton Jonas, de Pernambuco, defende-se: “Não somos homofóbicos, somos a favor da família. O posicionamento dos jovens nesta conferência deve ser nesse sentido”.

“Reconheço que somos muito conservadores para vários assuntos, mas também muito progressistas em outros”, afirma Silval Silva Filho, de São Paulo. Já a jovem Sarah, que também é integrante do Conjuve, acredita que a participação das e dos jovens evangélicos na conferência deve se pautar pelo respeito. “Temos que nos guiar pelo amor que sentimos uns pelos outros, independente de qualquer coisa. Sem nos preocuparmos com quem é ou não cristão”, disse.

A diversidade sexual realmente é um tema que causa certos desconfortos no grupo. A presença de três jovens ligados ao movimento GLBT deixou um ar pesado na reunião. Ao se apresentarem, porém, os jovens disseram seus nomes e afirmaram que acreditam em Deus e que estão ali para ouvir, expor e defender suas opiniões com muito respeito.

Por conta do pouco tempo, o grupo decidiu continuar mantendo contato a fim de organizar um Encontro Nacional de Políticas Públicas de Juventude e produzir material de comunicação difundindo as opiniões da juventude evangélica sobre alguns temas.


Extraído de: http://www.revistaviracao.org.br/juventude/?cid=38&notId=210

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Sonho de Luther King continua 40 anos após morte

Mártir da luta contra a discriminação racial, Martin Luther King, jr., é relembrado. A culpa de James Earl Ray, condenado a 99 anos pelo assassinato em 1968 de King


Os norte-americanos lembram neste 4 de abril os 40 anos do assassinato de Martin Luther King, jr., o primeiro candidato negro viável ao principal cargo da Casa Branca e que lutava pelo "sonho" de ver implantados amplos direitos civis. Em 1968, King foi assassinado aos 39 anos de idade com um único tiro na cabeça, na sacada de um hotel no centro de Memphis, ao Sul do Estado do Tennessee. O ativista recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1964. Se fosse vivo, teria comemorado 79 anos em janeiro passado. Um mistério envolve o assassinato de King. Inicialmente, James Earl Ray assumiu sozinho a autoria do crime. Preso, ele acabou sentenciado a uma pena de 99 anos de prisão. Depois, passou a negar o assassinato. Discussões sobre a versão oficial da morte apontam que Ray era o culpado e atuou sozinho. No entanto, muitos não acreditam que Ray, que estava preso, tenha fugido de uma prisão no Missouri, planejado o assassinato e burlado a segurança de King. Ao morrer, King se tornou um mártir na luta pelos direitos civis e, durante a vida, foi um herói carismático, famoso por liderar protestos pacíficos contra a segregação e discriminação raciais, como no conhecido discurso "Eu tenho um sonho", na Marcha sobre Washington, em 1963. "Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença. Nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais", disse King para, aproximadamente, 250 mil pessoas no Lincoln Memorial, na capital norte-americana. "Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter". O discurso de King foi considerado por 52% dos norte-americanos uma grande influência pelos direitos civis. Desses, 75% eram negros e 47% brancos: 39% de negros acharam que o país ainda tinha muito a fazer para alcançar a igualdade racial, de acordo com uma pesquisa com 1,012 participantes. Por todo o país, cerimônias religiosas e conferências universitárias vão relembrar o legado de King, inclusive uma universidade do Tennessee, com a participação da ativista negra Angela Davis que fará um discurso intitulado "Nós agora não estamos vivendo o sonho". (das agências de notícias)

Publicado no Jornal O POVO, Fortaleza.

sábado, 29 de março de 2008

Parnamirim (RN) adia CLJ para dia 05 de abril

A organização da Conferência Livre de Juventude em Parnamirim informa o adiamento do evento para o dia cinco de abril, no próximo sábado.A programação da CLJ inicia às nove horas, na Escola Augusto Severo, com jovens de igrejas evangélicas da cidade. No período da tarde, os participantes serão deslocados para o bairro Felipe Camarão, onde participam de mesas de debate e grupos de discussão. A programação ainda inclui apresentações artísticas de jovens evangélicos de igrejas locais.

A Conferência Estadual do Rio Grande do Norte ocorre nos dias 10, 11 e 12 de abril. Assim, a CLJ ainda é realizada em tempo hábil para levar suas propostas para o evento estadual. O resultado das Conferências Livre também serão encaminhados para discussão na Conferência Nacional de Juventude, nos dias 27 a 30 de abril, em Brasília.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Conferência Livre de Juventude em Fortaleza (CE)


Programação
13:45 - Credenciamento
14:00 - Abertura
14:10 - Celebração
14:30 - Mesa de Debate
14:30 – 14:45: Missão Política da Igreja
14:45 – 15:00: ABUB e FALE no Conjuve
15:00 – 15:15: Movimento estudantil e PPJ
15:15 – 16:00: Debate com plenária
16:00 - Grupos de Trabalho (GTs)
GT 1: Cultura – Mídia – Tempo Livre
GT 2: Cidade – Meio-ambiente
GT 3: Educação – Família – Trabalho
GT 4: Política
17:30 - Síntese & Encaminhamentos
18:30 - Atividade Cultural & Encerramento
contatos:
Daniel (85) 8819-5059
Rodolfo (85) 9645-8508 / (85) 3287-4776

quarta-feira, 19 de março de 2008

Marabá(PA) reúne jovens para CLJ no fim de semana

Rede FALE promove discussões sobre políticas públicas de juventude

A Conferência Livre de Juventude em Marabá (PA) reúne jovens evangélicos da cidade para discutir os temas família, educação, meio ambiente e segurança. O evento ocorre no sábado, dia 22, na sede da Assembléia de Deus.

O início da Conferência será às nove horas, com cadastramento e palestras sobre os temas do evento. Haverá uma mesa de debates e, em seguida, o almoço. A tarde será dedicada aos grupos de trabalho, que devem apresentar propostas de políticas públicas nos temas debatidos. O documento final, com o resultado de todos os grupos, será encaminhado para a Conferência Nacional. O encerramento está previsto para as 18 horas.

A CLJ em Marabá é organizada pelo articulador regional do FALE, Carlos Eduardo Fernandes. A Rede tem promovido eventos em diversas cidades do país, com o objetivo de incentivar a participação evangélica na elaboração de políticas públicas para a juventude.

Palestrantes

A organização convidou quatro palestrantes, com habilidades específicas para tratar de cada um dos temas. O pedagogo Sidnei Silva fará uma abordagem sobre o quadro educacional municipal. Em seguida, missionário Otávio, das Portas Abertas, coloca em discussão a questão familiar. O secretário de Meio Ambiente, Antônio Rosa, fará uma reflexão sobre a situação ambiental e o relacionamento da comunidade com o meio. O ciclo de palestras será encerrado pelo historiador e acadêmico de Direito, Alexandre Rosa, com o debate sobre o tema segurança.


segunda-feira, 17 de março de 2008

São Paulo organiza duas CLJs

Na capital paulista, a Rede FALE organiza duas Conferências Livre de Juventude (CLJ). A primeira será no sábado, dia 22, no centro da cidade. No outro fim de semana, dia 29, jovens evangélicos discutem políticas públicas de juventude no Jardim Marajoara. Temas como Escola, Família, Meio Ambiente e Trabalho serão discutidos pelos paulistanos. Confira abaixo o endereço dos eventos e participe! Saiba mais sobre as Conferências Livres e como o FALE participa no processo de elaborar políticas que nortearão a juventude do país nos próximos anos.


CONFERÊNCIA LIVRE DE JUVENTUDE
Data: 22/03
Local: Assembléia de Deus – Min. Belém
Rua do Glicerio 164 Praça da Sé - Centro de SP
Temas: Escola , Família e Trabalho
Preletor: Caio César Marçal
Contato: isaiasceifa@hotmail.com (Isaias) abigailsander@gmail.com (Abigail)

CONFERÊNCIA LIVRE DE JUVENTUDE
Data: 29/01
Local: Assembléia de Deus Betesda
Av. Eng. Alberto de Zagottis, 1000 - Jd. Marajoara – São Paulo
Temas: Meio Ambiente
Preletor: Marcos Davi – A Rocha
Contato: icecsp@betesda.com.br (Lucas);
isaiasceifa@hotmail.com (Isaias)

domingo, 16 de março de 2008

País ainda tem 95,6 milhões sem acesso adequado a saneamento básico

Publicada pelo O Globo de 15/03/2008.
Acesse o original AQUI.


O povo de Saquarema está abandonado. O bairro boqueirão é só lama. Sem calçamento e esgoto - Foto do leitor Mario Roberto Tavares Seawright

SÃO PAULO - Silvandira Rosa de Jesus, de 47 anos, mora a 60 quilômetros da Avenida Paulista, uma das referências nacionais da modernidade. No entanto, nunca pisou por lá. Silvandira é uma entre milhares de brasileiros excluídos da estrutura mínima do século XXI. Rosto inchado por causa de um dente doente, e sem acesso a dentista, ela explica: mora na capital paulista, mas sem água encanada, rede de esgoto, coleta de lixo, telefone, transporte coletivo, médicos, Bolsa Família e sequer escola para os filhos. Computador? Silvandira já viu um, uma vez, pela televisão.

- A gente não tem nada, só o nome. A renda em casa dá uns R$ 50 por semana. Planto umas coisinhas e a gente come - diz Silvandira, moradora de Engenheiro Marsilac, bairro no extremo sul de São Paulo.

Um estudo da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), que cruza dados do IBGE e mostra a evolução do atendimento à população mais pobre - renda domiciliar de até três salários mínimos - mostra que o Brasil ampliou o acesso à estrutura básica de forma geral, mas, ao mesmo tempo, tem deixado crescer muito a fila de espera dos mais carentes. É o que mostra o jornal 'O Globo' neste domingo.

Foram analisados, entre 1999 e 2006, quatro serviços básicos: rede de esgoto, abastecimento de água, rede elétrica e telefonia. A boa notícia é que, de modo geral, há mais brasileiros atendidos em relação ao total da população. Alguns serviços tiveram sua abrangência nitidamente ampliada, como energia elétrica e telefonia.

No entanto, há hoje no Brasil uma fila com 95,6 milhões de pessoas sem acesso adequado ao serviço de coleta de esgoto. Destes, 59,2 milhões têm renda familiar doméstica de até três salários mínimos (61,9%). Em 1999, a fila tinha 90,1 milhões de pessoas. Os mais pobres, dentro desse contingente, somavam 45,9 milhões - o equivalente a 51%. Ou seja, a diferença hoje é de dez pontos percentuais de mais pobres sem acesso a redes de esgoto.

Os vazios de estrutura urbana mínima se espalham pelo mapa do Brasil, que comemora o crescimento do PIB em 5,4% ano passado. Alguns lugares, contudo, concentram carências. Engenheiro Marsilac é um deles. Mais de 30% das famílias vivem em absoluta carência de recursos, com ganho mensal, por pessoa, inferior a meio salário mínimo. Mesmo assim, não há beneficiados em programas sociais do governo, segundo três associações de moradores da região. Em Marsilac, só 31% dos 11.334 habitantes conseguiram concluir, pelo menos, oito anos de estudo, segundo a Fundação Seade.

- Aqui a maioria só tem energia elétrica porque fez "gato". No mais, falta tudo: rede de esgoto, coleta de lixo, iluminação, internet, antena para celular, transporte, médico, dentista e, principalmente, escolas. Para piorar, uma das escolas foi fechada há dois anos - diz Jailton Nascimento de Lima, presidente da Associações dos Moradores de Embura do Alto, uma das comunidades de Marsilac.

Governo diz que mudou foco para beneficiar camadas mais baixas

O Ministério das Cidades analisou a pesquisa da Abdib, a pedido de 'O Globo', e concluiu que "a realidade apontada está em processo de transformação". Segundo o ministério, o governo federal está direcionando suas ações para políticas públicas de inclusão, de modo a beneficiar as camadas sociais mais baixas apontadas pelo estudo. Os resultados, segundo o Ministério das Cidades, "poderão ser observados em curto espaço de tempo".

"Essa realidade apontada pelo estudo da Abdib está mudando. É importante ressaltar que, durante duas décadas, o setor sofreu contingenciamento devido à política macroeconômica que era desfavorável", avaliou o ministério, por meio de nota.

O ministério destaca ainda que, no período entre 2003 a 2007 (governo Lula), a União retomou os investimentos em saneamento, aplicando um total de R$ 12,4 bilhões no setor. O governo ponderou ainda que, na sua avaliação, cerca de 52% da população sem acesso a água e esgoto estão concentrados nas regiões metropolitanas do país.

Além disso, "como forma de inclusão social", segundo o Ministério das Cidades, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) tem funcionado para saneamento, habitação e urbanização de favelas, com um investimento total de R$ 156 bilhões, no período entre 2007 e 2010.

'O Estado, dominado pelos ricos, exclui pobres'

O aumento das filas de espera dos brasileiros mais pobres por estrutura básica - como redes de água e esgoto - demonstrado pela pesquisa da Abdib revela que a desigualdade de renda cresceu no país e que os mais ricos ampliaram seu domínio político. Os efeitos são globais: o aumento da poluição, a piora da saúde pública e o crescimento da violência. A avaliação é de urbanistas que estudaram o levantamento a pedido de 'O Globo'.

- A pesquisa é chocante, porque coloca o dedo na ferida, o aumento da desigualdade. A pesquisa é prova cabal disso. Mostra que o Estado, de modo geral, está dominado pelos mais ricos e exclui os pobres. Os efeitos são nefastos para todos - avalia o urbanista da USP (Universidade de São Paulo) Flavio Villaça, pós-doutor em geografia urbana e autor de livros sobre o espaço urbano no país.

Na Vila Imperial, ratos, baratas e pouca esperança

De pomposo, só o nome: Vila Imperial. Na realidade, um aglomerado de casebres e barracos sob um viaduto que divide uma área popular e outra região nobre de Recife, os bairros de Santo Amaro e do Espinheiro. De um lado, arranha-céus de luxo. Do outro, um imóvel desocupado no interior do qual surgiu uma comunidade. São 150 famílias, que dividem o espaço com ratos e baratas. Não têm esgoto. A água é resultante de um "desvio". E a iluminação, feita à custa de gambiarras.

Mais de 70% das pequenas unidades residenciais não têm vaso sanitário e há até as que não contam, sequer, com um telhado. Os moradores não têm o direito a possuir um endereço oficial. Os becos não são ruas, não constam no mapa da cidade e muito menos na listagem oficial dos Correios.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Confirmada Conferência Livre de Parnamirim

Fale é apresentado em evento regional no Rio Grande do Norte

A organização da Conferência Livre de Juventude em Parnamirim (RN) espera receber aproximadamente trezentos jovens para discutir e elaborar propostas de políticas públicas para a juventude. O evento ocorre no próximo dia 22, sábado, na Escola Estadual Augusto Severo, no centro da cidade. Esta conferência é organizada pelo FALE, com apoio do governo federal.

A CLJ em Parnamirim será a segunda no Rio Grande do Norte com participação dos jovens evangélicos. Na Conferência Regional do Vale do Apodi, o FALE foi apresentado na abertura do evento pelo articulador regional da Rede, Leandro Silva, que também integra o Conselho Nacional de Juventude (Conjuve). A Conferência reuniu jovens de sete municípios distantes da capital e elegeu dez delegados de igrejas da região interiorana. O contato entre os jovens evangélicos e o Fale resultou na criação de um grupo regional da Rede e o fortalecimento da CLJ de Apodi, que ocorreu no domingo, dia nove.

Durante o mês de março, o FALE ainda realiza Conferências Livres de Juventude em São Paulo. Confira o calendário abaixo.

São Paulo
PRÉ-CONFERÊNCIA DE JUVENTUDE
Data: 15/03
Local: Assembléia de Deus – Min. Belém
Rua do Glicerio 164 Praça da Sé - Centro de SP
Tema: Fé Cidadania e juventude Cristã
Preletor: Capelão Agostinho Gomes e Caio César Marçal
Contato: isaiasceifa@hotmail.com (Isaias)
capelao.sp@capelani acgadb.com.br (Capelão Agostinho Gomes da Silva Filho)


CONFERÊNCIA LIVRE DE JUVENTUDE
Data: 22/03
Local: Assembléia de Deus – Min. Belém
Rua do Glicerio 164 Praça da Sé - Centro de SP
Temas: Escola , Família e Trabalho
Preletor: Caio César Marçal
Contato: isaiasceifa@hotmail.com (Isaias) abigailsander@gmail.com (Abigail)

Estes eventos discutirão propostas de Políticas Públicas de Juventude que serão apresentadas na Conferência Nacional de Juventude.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Fome no mundo, até quando?

Deixou-me profundamente inquieta a divulgação, pela revista The Lancet, de estudos médicos, na Inglaterra, que atribuem mais de um terço das mortes anuais de crianças com menos de cinco anos (em torno de 3,5 milhões) à falta de nutrição materna e infantil. Acrescentam os estudos que quatro entre cinco crianças que sofrem de desnutrição vivem em 20 países do planeta, sendo extremamente grave a situação de Mianmar, Índia, Uganda e África do Sul, dois países asiáticos e dois africanos, respectivamente.

Minha inquietação se aprofundou mais ainda, ao ler reflexões de Frei Betto, em seu livro Calendário do Poder, sobre a fome, por ele considerada o maior escândalo do Século XX: mata mais do que a violência, os acidentes e as enfermidades juntos! São 24 mortes por fome a cada dia no mundo.

Pergunto-me o que faz a divulgação desses dados tão chocantes ser tão restrita. Vem-me de pronto a idéia de que assim ocorre pela naturalização que imputamos usualmente à pobreza; pela banalização que envolve as injustiças sociais, cotidianas ou não; e, sobretudo, por serem as mortes por fome eminentemente marcadas pela classe social de suas vítimas: são os pobres que morrem de fome, e morrem de fome principalmente os pobres de países com elevados índices de pobreza e de desigualdade social.

Assim, nós outros calamo-nos quase sempre diante desse escândalo social, aparentemente inaceitável, posto que de fato banalizadamente aceito e vergonhosamente justificado, em tempos de tanto progresso material, tecnológico e do mundo da informação.

O que será preciso acontecer para que a nossa compreensão se amplie, de forma a superarmos tamanho descaso diante de mortes evitáveis, desde que revistas prioridades da vida política e social da família humana?



ÂNGELA PINHEIRO
Professora da Universidade Federal do Ceará, integrante do Nucepec (Núcleo Cearense de Estudos e Pesquisas sobre a Criança) da UFC
(publicado no jornal O POVO, em 06/03/2008 - http://www.opovo.com.br/)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Rio de Janeiro e São Paulo confirmam CLJs

Confira as Conferências Livres da Juventude promovidas pelo FALE em parceria com igrejas locais. Saiba como organizar uma CLJ em sua cidade e/ou igreja e verifique os recursos disponíveis pelo FALE para enriquecer o debate das Políticas Públicas de Juventude.

CALENDÁRIO

Rio de Janeiro
CONFERÊNCIA LIVRE DE JUVENTUDE
Data: 01/03 – sábado – 13h45
Local: Igreja Batista Itacuruçá
Praça Barão de Corumbá, 49 – Tijuca – Rio de Janeiro
Temas: Políticas Públicas de Juventude
Preletor: Alexandre Brasil – membro do Conselho Nacional de Juventude
Contato: pedrojustiça@gmail.com (Pedro Grabois)


São Paulo

PRÉ-CONFERÊNCIA DE JUVENTUDE
Data: 15/03
Local: Assembléia de Deus – Min. Belém
Rua do Glicerio 164 Praça da Sé - Centro de SP
Tema: Fé Cidadania e juventude Cristã
Preletor: Capelão Agostinho Gomes e Caio César Marçal
Contato: isaiasceifa@hotmail.com (Isaias)
capelao.sp@capelani acgadb.com.br (Capelão Agostinho Gomes da Silva Filho)


CONFERÊNCIA LIVRE DE JUVENTUDE
Data: 22/03
Local: Assembléia de Deus – Min. Belém
Rua do Glicerio 164 Praça da Sé - Centro de SP
Temas: Escola , Família e Trabalho
Preletor: Caio César Marçal
Contato: isaiasceifa@hotmail.com (Isaias) abigailsander@gmail.com (Abigail)


Estes eventos discutirão propostas de Políticas Públicas de Juventude que serão apresentadas na Conferência Nacional de Juventude. Participe!!!