terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Juventudes Cristãs presentes na II Conferência Nacional de Juventude

Vídeo traz depoimento de jovens presentes na II Conferência Nacional de Juventude



Juventudes Cristãs Presentes na II Conferência Nacional de Juventude

Brasília-DF, 11 de Dezembro de 2011 - Reju / Rede Fale / Abub / Avalanche Avalanche Missoes e as Pastorais da juventude.



Produzido por: Filipe Campos

sábado, 10 de dezembro de 2011

Inicia a 2ª Conferencia Nacional de Juventude

Por Max Dias*


Dos dias 09 a 12 de dezembro acontece a 2a Conferência Nacional de Juventude. Na abertura desta sexta-feira, vários ministros e representantes de outros países estiveram presentes para saudar a juventude brasileira. Com palavras de ordem, muitos jovens chegaram empolgados ao Parque da Cidade e contagiaram o auditório. Dentre as principais reivindicações estão os 10% do PIB para Educação (bandeira histórica da UNE).
Diversos grupos e coletivos políticos presentes fizeram atos demarcando seu território no espaço da Conferência. Muitos jovens simplesmente contemplavam e aproveitavam a solenidade de abertura para conhecer as delegações de outros Estados.

Na mesa inicial a secretária Nacional de Juventude Severine Macedo aproveitou o calor da ocasião e fez uma fala no sentido de parabenizar a todos que se esforçaram para estar em Brasília, reafirmando o compromisso do Governo Federal em efetivar políticas públicas para os jovens brasileiros. Na sequência, Gabriel Medina presidente do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) fez questão de ressaltar a vitória que é esta Conferência e frisou que os novos direitos da juventude passam por marcos legais bem alicerçados sobre as necessidades dos jovens.

A Rede FALE está presente no debate, inclusive dando sua contribuição na coordenação de alguns grupos de trabalho como Direitos Humanos, Saúde, Segurança e Tempo Livre.

Se você quer saber de tudo o que acontece por Brasilia, mesmo estando longe, acompanhe a trasnmissão ao vivo:
http://www.juventude.gov.br/conferencia/transmissao-online-ao-vivo

*Max Dias é conselheiro nacional de Juventude pela Rede FALE.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

FALE e ABU Fortaleza promovem debate sobre Políticas Públicas

 

A juventude brasileira vivenciou, nos últimos anos, uma série de conquistas, incluindo a aprovação da Emenda Constitucional 65, que inseriu o termo “jovem” no capítulo dos Direitos e Garantias Fundamentais da Constituição Federal. Temos também o Estatuto da Juventude, em ampla discussão no Congresso Nacional, que propõe a definição dos direitos da juventude e a constituição de um sistema de juventude, estabelecendo a responsabilidade das três esferas governamentais no estabelecimento das políticas para a juventude.
Diante disso, vimos que é imprescindível o envolvimento de igrejas e entidades cristãs na elaboração e implementação das Políticas Públicas de Juventude (PPJs), através da promoção de eventos e participação nos conselhos locais e regionais de juventude. Jovens cristãos precisam discutir participação evangélica em políticas de juventude, afinal nós também somos alvo delas. A juventude evangélica apresenta um enorme potencial para mudar a realidade social devido à capacidade de organização, mas não pode reduzir sua participação à organização eclesial.
É necessário que a igreja ocupe as praças, as universidades, as favelas, os conselhos, com o coração pronto a servir e amar cada jovem, reconhecendo neles a imagem de Deus e a riqueza da diversidade representada pelo segmento.
Como cristãos, o envolvimento em discussões dessa natureza deve significar presença ativa que se dispõe a interferir em sua própria realidade, com nosso testemunho e olhar.
A Rede FALE e ABUB (Aliança Bíblica Universitário do Brasil) em Fortaleza promovem esse evento no intuito de convocar as igrejas a perceberem a capacidade de cada jovem em ser um agente de transformação. O evento pretende sensibilizar e mobilizar jovens (evangélicos) para a prática da participação cidadã e ação política. Desta maneira podemos ser igreja missionária entre os jovens e atuante na sociedade.
Com o objetivo de fomentar a articulação da juventude evangélica e a participação cidadã da mesma é que convidamos você a se fazer presente no dia 03 de dezembro às 19:00h na Igreja Betesda do Joaquim Távora (Rua Capitão Gustavo 3552 - Próximo ao Mercado), para o evento que contará com a participação do Coordenador de Juventude de Fortaleza, Afonso Tiago, que falará sobre Políticas Públicas de Juventude (PPJ).


RESUMO
Tema: Políticas Públicas de Juventudes - PPJ
Convidado: Coordenador de Juventude de Fortaleza, Afonso Tiago
Local: Auditório da Igreja Betesda Joaquim Távora
Endereço: Rua Capitão Gustavo 3552 - Próximo ao Mercado da Av. Pontes Vieira
Dia 3 de dezembro Horário: 19:00h
Evento no Facebook:
http://www.facebook.com/events/131347630308793/

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Direitos Humanos: legislação, teoria e políticas públicas

Terceiro dia do curso Comunicação e Defesa de Direitos se inicia com debate sobre legislação, políticas públicas e crítica dos Direitos Humanos

No encerramento do módulo teórico do curso, a ênfase da formação foi no tema dos Direitos Humanos. “O curso se propõe a uma abordagem diferente dos direitos humanos – procura ir além da leitura teórica e dos debates mais tradicionais que compõem esse campo. Essa é uma tentativa de abordar criticamente os Direitos Humanos, como um importante instrumento político, e que é composto, ao mesmo tempo, pelos diversos atores que se relacionam em sociedade”, explica Noelle Resende, coordenadora do curso. Segundo ela, o objetivo é mostrar aos participantes que os Direitos Humanos são “um espaço de luta”, e de construção coletiva. “O intuito é partir dessa reflexão crítica para pensar as diversas tensões que fazem parte do campo dos Direitos Humanos. Pensamos aqui nos debates atuais, e nas dinâmicas sociais que estão nos desafiando hoje – as violações na questão da segurança pública, e do direito à cidade, entre outras. Em todo momento, o curso foi permeado pela discussão sobre como os atores que participam da luta por Direitos Humanos se relacionam, e de que forma se posicionam no debate público. Esperamos que a iniciativa do curso e os debates que estão compondo os encontros possam ser multiplicados em outros espaços pelos participantes”.

O tema da comunicação também se fez presente. Várias palestras trouxeram discussões a partir de diferentes tipos de mídia – vídeos, jornais de grande circulação, e internet. Houve ainda uma oficina específica sobre a internet, suas linguagens, sistemas e regulação, e a questão de dos direitos autorais na rede. Para Noelle, “além do curso ser composto por temas no campo da Comunicação e dos Direitos Humanos, ele tem o potencial em fazer a conexão entre estes temas, pensando a mídia também como um ator político no campo dos Direitos Humanos”.

A primeira sessão, “Direitos Humanos: organismos e sistemas de proteção” foi conduzida por Fernanda Pradal, e abordou os principais instrumentos e sistemas de defesa dos direitos humanos nos contextos nacional e internacional. A ênfase foi o aparato normativo (leis, tradados, acordos internacionais), com leitura e discussão a partir dos textos legais. Partiu-se do texto da Constituição brasileira, observando como esta recebeu os princípios e temas de DH. A partir da análise legislativa e teórica, apontou as contradições entre os textos legislativos e a realidade das violações. Finalmente, propôs uma reflexão sobre as formas de efetividade dos DH, e o papel dos movimentos e organizações da sociedade civil que se propõe a defendê-los.

Em seguida, Meli Trenti trouxe o tema da “Construção de Políticas Públicas em Direitos Humanos”. A sessão problematizou a pluralidade de temas que compõem o campo dos Direitos Humanos, passando pela inter-relação dos assuntos e as especificidades dessas temáticas. Refletiu-se sobre o espaço formais e informais de debate e de construção dessas  políticas  públicas – por vezes, espaços de tensão entre o Estado e a Sociedade Civil. O debate aprofundou questões sobre o terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3), no Brasil, e houve discussão sobre os processos e mecanismos de participação popular para a efetividade dos Direitos Humanos. Também veio à tona a situação das violações de Direitos Humanos no Estado do Rio de Janeiro e no Brasil. Por fim, foi proposta uma conversa a partir de dois veículos de comunicação cariocas (jornais de grande circulação), observando suas diferentes abordagens sobre temas atuais de Direitos Humanos – como a questão das remoções de comunidades e a ocupação de favelas pela polícia.

Na terceira sessão intitulada “Internet, novas mídias: possibilidades e questionamentos”, Giuliano Djahjah, do Pontão da ECO, falou sobre as estruturas, as linguagens, os sistemas e as questões atuais sobre a regulação da internet. A sessão relacionou conceitos históricos e os problemas concretos dos direitos autorais sobre estes sistemas e linguagens, contextualizando estas questões com o ativismo na internet e as lutas de difusão de linguagens, sistemas e conteúdo aberto.

Ao final do dia, Priscila Vieira e Noelle Resende, coordenadores do curso de formação, propuseram uma avaliação do primeiro módulo do curso, que teve ampla participação. Foram feitas críticas, sugestões e avaliações das sessões, infra-estrutura e conteúdos trabalhados. Os participantes receberam um CD-Rom com textos elaborados por especialistas abordando todo o conteúdo das sessões. O material em multimídia traz também os textos do próximo módulo, que será um “módulo prático”, segundo as organizadoras.


Para a próxima etapa, haverá divisão em grupos para as sessões que cobrirão os temas de defesa de direitos, vídeo ativismo, fotografia, construção de sites, redação, entre outros. “A ideia é que os participantes possam sair daqui com material produzido, e talvez com uma campanha de defesa de direitos elaborada”, explica Priscila. Para Noelle, “o curso tem o potencial de ter impacto concreto na luta por direitos humanos daquelas pessoas que já atuam na área”.

Leia mais sobre o Curso “Comunicacação e Defesa de Direitos: um olhar crítico para a mídia e os direitos humanos”:

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Direito à comunicação: na teoria, na prática, na crítica

Temas ligados a comunicação tiveram maior destaque no segundo dia do curso “Comunicação e Defesa de Direitos: um olhar crítico para a mídia e os direitos humanos”.

Comunicação em diálogo com direitos humanos foi a marca do segundo dia do curso. A participação e interação entre palestrantes e alunos foi central para o andamento das atividades.  O dia foi intenso – praticamente um grande bloco no tema da comunicação, mas com visões, falas e experiências de palestrantes bastante diferentes. O grupo foi muito ativo nas seções, trazendo questões, elaborando aquilo que estava sendo dito, e dialogando com o tema geral do curso. “Hoje, saímos daqui sem uma visão estanque dos dois grandes temas. No primeiro dia, já tivemos uma fala sobre Direitos Humanos que foi construída a partir da exibição de dois vídeos. Essa interação está sendo intensa e muito produtiva. Essa conjugação é necessária” – disse Priscila Vieira, coordenadora do Curso.

Na sessão "O Direito Humano à Comunicação e o contexto brasileiro", Daniel Fonseca, do coletivo Intervozes, apresentou o panorama das lutas atuais pela democratização da comunicação, desde suas razões – contexto de concentração de propriedade, e falta de pluralidade nas abordagens; papel dos movimentos sociais que atuam nesse campo; questões jurídicas, relação entre as concessões públicas, propriedade privada do sistema brasileiro de comunicação e a Constituição Federal; setor privado tem domínio sobre os outros. O palestrante traçou uma perspectiva comparada da situação brasileira com a de outros países. Trouxe também a leitura história da forma como a Comunicação passa a ser compreendida como Direito Humano, dentro do desenvolvimento dos próprios Direitos Humanos: primeiro como um direito a informação (acesso); depois como uma luta pelo direito de produzir conteúdo, e expressá-lo publicamente, com grupos comunitários tendo liberdade e visibilidade para atuar no espaço público.

A segunda sessão, intitulada "Sociedade e cultura na atualidade: Teorias críticas da Comunicação" foi coordenada por Pablo Laignier, doutorando em Comunicação e Cultura e pesquisador do Laboratório de Comunicação Comunitária (LECC/UFRJ), trouxe relfexões sobre algumas questões recorrentes na teoria crítica da comunicação, abordando suas origens – em especial, nos autores da Escola de Frankfurt – e desenvolvimentos atuais. A partir desse contexto, colocou exemplos de fatos e questões contemporâneos e o modo como podem ser analisados hoje. Pablo propôs a ideia de que a teoria da comunicação e da mídia só existe em conexão direta com a sociedade ampla, em relação ao seu contexto social. A mídia não existe isoladamente, mas em sociedade.

Em seguida, a terceira sessão trouxe uma atividade, de Leitura Crítica da Comunicação (LCC). A seção teve uma breve apresentação teórica e histórica da LCC. “Dedicamos a maior parte do tempo a um exercício de leitura crítica de mídia, feito em cima de três vídeos no tema da juventude. Tinhamos um vídeo de um grande veículo de comunicação, e um vídeo publicitário, ambos tematizando juventude. Em cima destes foram feitas as análises. Depois, utilizamos um vídeo clipe da banda O Rappa, para ver a perspectiva como jovens – no caso músicos – oriundos de uma determinada classe social, constroem o seu local de fala através da arte", conta Priscila Vieira, que coordenou também esta sessão do curso. Ela avaliou positivamente o desenvolvimento das reflexões pelos exercícios propostos: "Os exercícios geram em nós uma determinada expectativa em relação a alguns temas que queremos que apareçam. Não apenas os temas surgiram nos debates em grupo, como vários outros foram levantados, o que enriqueceu muito a atividade toda. Os participantes conseguiram perceber, por exemplo, o uso da edição – o modo como um corte, e uma palavra destacada por ele, pode dar um determinado sentido para um vídeo. Perceberam as ausências nas matérias - de pluralidade, de versões, de fontes – e as simplificações de argumentos, de visões de mundo. Também identificaram os lugares de fala e as formas de representação de determinadas realidades nos vídeos".

A última sessão do dia, conduzida por Renata da Silva Souza foi intitulada "Comunicação Comunitária: noções e práticas". Renata tem uma experiência pessoal marcante como jornalista de um veículo comunitário – Jornal O Cidadão, no Complexo da Maré – e moradora de favela. O processo de criação e adaptação do jornal comunitário, a partir das situações vividas pelo próprio bairro são intrigantes. Segundo a palestrante, há uma construção da identidade comunitária com e a partir do jornal, que em determinado momento enfatizava a divulgação de atividades artísticas e culturais da Maré – informações nunca divulgadas pelos grandes veículos sobre aquela comunidade, quase sempre noticiada em matérias policiais. Em um dado momento, no entanto, o jornal comunitário passa a trabalhar temas de segurança pública e direitos humanos. Para isso, foi necessário um amplo debate com a comunidade, para enfrentar o desafio de consolidar uma “produção participativa” do seu conteúdo.  Os participantes interagiram com experiências de suas realidades, e procurando entender os processos de elaboração de uma mídia comunitária.

Veja mais em:

Primeiro dia do curso de Comunicação e Defesa de Direitos
ECO sediará curso gratuito de Comunicação e Defesa de Direitos (portal UFRJ)

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Primeiro dia do curso de Comunicação e Defesa de Direitos

Início do curso de formação problematiza a história e a conceituação dos Direitos Humanos 

Começou hoje o curso de "Comunicação e Defesa de Direitos: um olhar crítico para a mídia e os direitos humanos", realizado em parceria pela Rede FALE e o ISER - Instituto de Estudos da Religião, com apoio da WACC – World Association for Christian Communications, do Pontão da ECO/UFRJ, e do Laboratório de Comunicação Comunitária (LECC/UFRJ), da Escola de Comunicação da UFRJ


Priscila Vieira e Souza, membro da coordenadoria de comunicação da Rede FALE e doutoranda na ECO/UFRJ; e a Noelle Coelho Resende, advogada militante na área de Direitos Humanos e pesquisadora
associada do ISER, fizeram a abertura do curso. Em seguida, com o início da programação, os participantes discutiram suas concepções de Direitos Humanos em roda. Houve exibição de dois vídeos - com trechos de violações de Direitos Humanos e análise de especialistas, e nova rodada de discussão.


O curso se propõe a passar noções teóricas e práticas de Defesa de Direitos, Direitos Humanos e Mídia. Resgata, ainda, conceitos da Leitura Crítica da Comunicação, e é composto de dois módulos - Módulo Teórico e Módulo Estratégias e Práticas. Cada módulo tem duração de três dias, e ao final se espera que os participantes possam ter domínio das questões colocadas e elaborar campanhas que respondam aos desafios de suas próprias realidades.






terça-feira, 8 de novembro de 2011

Rede FALE São Paulo lança campanha contra trabalho escravo

 

Um dos graves problemas que ainda precisa ser superado é o trabalho escravo. Nas áreas rurais, muitos vivem em situação de penúria, como indica relatório da Organização Mundial de Trabalho. Nas áreas urbanas, os principais casos de escravidão ocorrem na região metropolitana de São Paulo, onde muitos imigrantes são latino-americanos, que trabalham dezenas de horas diárias, sem folga e com baixíssimos salários. Apesar das recentes denúncias, a impunidade é grande e dos principais obstáculos na luta contra essas formas modernas de escravidão.

Preocupada com essa situação e com o apoio do USINA 21 - Jovens, Ideias e Transformação Social, a Rede FALE em São Paulo está promovendo um abaixo-assinado online” Fale contra o trabalho escravo em São Paulo”. Leia na íntegra, o abaixo-assinado:

FALE CONTRA O TRABALHO ESCRAVO EM SÃO PAULO

Exmo. Sr. Deputado Barros Munhoz, Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo,

Considerando o Artigo IV da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que define que “ninguém pode ser mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos são proibidos em todas as suas formas”;

Considerando, igualmente, as garantias aos trabalhadores urbanos e rurais previstas no art. 7o. da Constituição Federal, dentre as quais: salário mínimo; piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais; entre outras;

Considerando, ainda, denúncias que relatam casos de imigrantes que são submetidos a dezenas de horas diárias, sem folga e com baixíssimos salários, principalmente na região metropolitana de São Paulo;

Considerando, também, que tais denúncias retratam claramente uma violação dos Direitos Humanos e do texto constitucional;

Nós, como sociedade civil organizada e com a articulação integrada da Rede Fale em São Paulo e apoio do Usina 21 e de outras entidades e movimentos, por meio deste abaixo-assinado, reivindicamos: Instauração imediata da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar crimes de trabalho escravo nas áreas urbanas ou rurais de SP, conforme o Requerimento Nº 1479, de 2011, protocolado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo em 23/08/2011, publicado no Diário Oficial de 24/08/2011.

O trabalho escravo, que é afronta ao ser humano, é também uma afronta ao Criador, pois cremos que quando um homem ou mulher é aviltado em sua dignidade, é o próprio Deus que é desonrado. Lembramos que o trabalho dos senhores é “... defender os indefesos, para assegurar que os prejudicados tenham uma oportunidade de justiça. O trabalho de vocês é proteger os fracos, perseguir os que os exploram” (Salmos 82.3-4).

Para manifestar seu apoio, deixe sua assinatura clicando aqui

Para divulgar no Facebook, clique aqui
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Para saber mais sobre o assunto, veja abaixo:

 

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Formação em comunicação e direitos humanos prorroga inscrições

O prazo de inscrição para o curso “Comunicação e Defesa de Direitos: um olhar crítico para a mídia e os direitos humanos” foi prorrogado para o dia 8 de novembro.A formação é oferecida pelo Iser e pela Rede Fale, com parceria da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro -ECO/UFRJ e do Pontão da ECO. As informações sobre conteúdo, datas e inscrições podem ser obtidas aqui ou no texto abaixo.

Iser e Rede Fale abrem inscrições para curso de formação em Mídia e Direitos Humanos

O foco do curso é a participação de jovens que atuam em redes, movimentos, organizações sociais e sentem necessidade de aprimorar seus conhecimentos nas áreas abordadas. O conteúdo volta-se para a crítica à realidade social, incluindo: noções e conceitos relacionados à comunicação, com foco nas relações entre a cultura midiática e as formas de expressão cultural e política da atualidade; noções e conceitos relativos aos Direitos Humanos, como um campo em disputa, além de estratégias para a sua promoção na vida social e de mecanismos de denúncia de suas violações; perspectivas da comunicação como direito humano e o contexto brasileiro; oficinas de: produção de texto; campanha de defesa de direitos; vídeo; fotografia e internet.
A formação será realizada em dois módulos distintos, em dois fins de semana, sempre com início na sexta-feira à noite, 18h, e término no domingo à tarde. As datas serão 18, 19 e 20 de novembro e 2, 3 e 4 de dezembro. O local da formação será definido em breve.
As inscrições serão realizadas pelo e-mail dhmidia@iser.org.br e é necessário preencher a ficha de inscrição disponível para download. Os e-mails devem ter no assunto: “inscrição no curso Comunicação e DH”.
As inscrições serão aceitas até o dia 31 de outubro. Informamos que, no caso do número de inscritos exceder a capacidade do curso, haverá seleção de participantes. A prioridade será para pessoas com capacidade de multiplicar a formação - todos os participantes receberão material de apoio, com conteúdo e orientação para promover cursos e oficinas em comunicação e direitos humanos.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Orando pela Justiça 2011

Pai nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome; venha a nós o teu Reino...”

Prezados irmãos e irmãs,

saudações cristãs!

O mundo clama e está com sede de justiça. Somam milhões os sem teto, os que não tem terra, as crianças vítimas da fome, da miséria, da violência de toda sorte, os que são submetidos a trabalho escravo ou até mesmo a subempregos, os que sofrem preconceito, seja racial, de gênero, credo ou de outras ordens, os desabrigados do clima e a própria Terra se junta à estes. E estes clamores se unem tornando-se uma única prece a Deus.

Ao ascender aos céus,  Jesus deixou à Igreja a responsabilidade de seguir com seu ministério de reconciliação e proclamação do Reino de Deus. Assim, cabe à Igreja se opor às estruturas de injustiça e opressão. Pois Jesus chamou de felizes os que tem fome e sede de justiça (Mt 5.6).

A Igreja pode lutar de muitas formas e maneiras – social, política, ideológica – mas se não houver oração não haverá missão. Sem oração, a igreja que milita se tornará um partido, um sindicato, uma ONG ou qualquer outra instituição, mas deixará de ser Igreja.

Foi pensando e orando por isso que a Rede FALE e Renas Jovem começaram a promover “Orando Pela Justiça”, que é um culto de oração temático (por justiça) que se propõe a realizar em parceria com igrejas locais convidando-as a unir seu clamor ao daqueles que sofrem injustiças. O "Orando pela justiça" começou inicialmente no Rio, mas agora queremos incentivar que outros grupos FALE desenvolvam nas igrejas locais momentos de oração/intercessão.

No dia 29 de outubro haverá o "1° Orando pela Justiça" em São Paulo, na Igreja Cristã da Família da Vila Mariana. Em Vitória acontecerá no  dia 6 de novembro, na Escola de Missão Avalanche. O mês de novembro foi escolhido pela coordenação de Liturgia e Intercessão para convocar todos os grupos e parceiros para na busca de uma espiritualidade engajada.

O boletim de oração de outubro/novembro foi confeccionado especialmente para o “Orando pela Justiça”.  Para baixá-lo,clique aqui. Nele, além da  devocional “Porque orar”, existem os pedidos para inteceder. Porém, o seu grupo pode levantar outros motivos de oração.

Além do Boletim de oração, você pode usar o recurso de vídeo:

 

Orando pela Justiça 2011– Pedidos de oração
Chamada “Orando pela Justiça 2011”

 

Mobilize seu grupo! Caso você queira mais informações,  escreva para: mobilizacao@fale.org.br

Em Cristo,

Coordeenação de Liturgia e Intercessão da Rede FALE

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Rede FALE participa do USINA 21

No último dia 24 de setembro, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, aconteceu a 7ª edição do Usina 21. O Usina 21 reúne diversas organizações cristãs engajadas em ações sociais que oferecem uma grande variedade de oficinas, possibilitando à juventude cristã um espaço privilegiado de reflexão. O destaque desse ano, certamente, foi a presença de Shane Claiborne, ativista e escritor cristão, membro fundador do The Simple Way (O Caminho Simples), comunidade cristã na Filadélfia baseada nos valores da Missão Integral. Além de trabalhar ao lado de Madre Teresa, em Calcutá, estagiou na Igreja de Willow Creek, na região suburbana de Chicago, e visitou o Iraque durante a guerra para falar do Evangelho.

A Rede Fale tem apoiado o Usina 21 desde suas primeiras edições. Na atual edição a Rede Fale São Paulo foi representada nas reuniões de planejamento do Usina 21 por Rafael Lira e André Marçal. A Rede Fale foi muito bem representada com Alexandre Brasil Fonseca, um dos oficineiros deste ano.

Outro destaque dessa edição foi sua importante contribuição com a Conferência Nacional da Juventude. Dentro das mais de 40 oficinas307819_237429769622599_100000667342443_345443_168909004_n distribuídas ao longo da programação, os cerca de dois mil participantes tiveram a oportunidade de dar suas contribuições ao debate de Políticas Públicas da Juventude, transformando o Usina 21 numa grande Conferência Livre da Juventude. Tivemos a grata tarefa de integrar a equipe que sistematizou as inúmeras contribuições surgidas nas discussões.

Somos gratos a Deus por essa oportunidade de servir a juventude cristã na cidade de São Paulo e ao debate em políticas públicas para a juventude. Continuem orando para que Deus sustente a Rede Fale em São Paulo.

Forte abraço a todas e todos,

Isaías de Carvalho

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Rede FALE e contatos no Canada - SPEAK Canada

Por Marcus Vinicius Matos

Desde 2010, membros da Rede FALE estabeleceram contatos com estudantes evangelicos no Canada, interessados em orar e mobilizar suas igrejas para promover campanhas em temas sensiveis naquele pais. Primeiro Flavio Conrado e Patrick Timmer, e depois Marcus Vinicius e Priscila Vieira, tiveram a oportunidade de conhecer Kamin Kwok, Sharone Birapaka, e demais membros daquilo que viria a se tornar o FALE no Canada, o SPEAK Canada. Com alegria, divulgamos aqui o site de nossos parceiros e amigos, em sua primeira campanha contra ao trafico de pessoas.
http://speakcanada.com/

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English version:
Since 2010, members of FALE have been in contact with christian students from Canada, who wished to pray and mobilize churches to act against injustice in specific issues in their country. First Flavio Conrado and Patrick Timmer, and latter Priscila Vieira and Marcus Vinicius had the opportunity to meet Kamin Kwok, Sharone Birapaka and other fellows of the group who would latter start the SPEAK Canada. So, it is with espiritual joy, that we share here the website of our partners and friends, in their first effort and campaign against human trafficking.
http://speakcanada.com/

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Conferência Livre de Juventude em Natal (RN)


No próximo sábado, dia 15 de Outubro, acontece a Conferência Livre de Juventude organizada pelos estudantes da Aliança Bíblica Universitária de Natal (ABU-Natal) em parceria com a Rede Fale.

A seguinte declaração marca as expectativas dos organizadores do evento: "Compreendemos que a mensagem cristã tem poder restaurador para o mundo em que vivemos, e é relevante à condição dos jovens de nosso país. Por isso, esses momentos de debates e construção de propostas, tal como a participação de grupos engajados nesta obra, são de fundamental importância na inserção de tais valores nas políticas de juventude".

"Conferência Livre: pensando políticas públicas para a juventude"

Data: 15 de outubro de 2011
Local: Igreja Presbiteriana do Natal (por trás da prefeitura)
Horário: 14h às 19h

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Estudantes cristãos refletem sobre Justiça e profeta Amós

 

Julho foi o mês  dos cursos de Férias da Aliança Bíblica Universitária do Brasil. A Rede FALE esteve junto com a ABUB e vários “Falantes”  ministraram oficinas ou ajudando naFOTOcf logistica de cada encontro. A temática escolhida foi “Justiça seja Feita”, que visou desafiar os estudante do ensino médio e superior para um compromisso mais efetivo com o evangelho do Reino de Deus e com a transformação do mundo.

Renan Ramalho, um de nossos articuladores, afirmou que “ a presença do FALE foi importante na medida em que traduzia de maneira prática aquilo que refletíamos a luz das escrituras. Ou seja, no texto bíblico víamos um momento da história do povo de Deus, em que a iniqüidade, traduzida na injustiça social, reinava como pecado generalizado. Neste panorama, o profeta denunciava não somente a ação corrupta como também a omissão das pessoas diante daquele quadro. Desta forma, a leitura de Amós foi profética também em nossas vidas, na medida em que compreendíamos que como testemunhas de Cristo, possuímos o dever de estabelecer a ética cristã em duas dimensões: passivamente (não praticando o mal) e ativamente (promovendo a justiça). Neste sentido, o FALE foi apresentado como uma possibilidade prática de promoção dos valores do Reino de Deus na nossa sociedade”.

Miriam Prescinca, que participou do CF em Aracaju, relata que “ a temática do encontro, baseado no livro bíblico de Amós, trouxe a nós entendimento acerca da realidade da sociedade injusta em que vivemos e a consciência da responsabilidade de atuarmos com amor e justiça, pois a Palavra nos diz que “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.” (IJo.4:8) e ainda que “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado.” (Tg.4:17). A prática do amor ao próximo gera justiça social e é isso que Deus quer para nós. Só agindo assim, O conheceremos”.

Ainda no Curso de Férias do Nordeste, os estudantes de ensino médio fizeram um vídeo chamando atenção para os graves problemas nas escolas:

Karen Aquino, que participou da edição do CF em Cuiabá, poeticamente escreve suas inquitações do pós encontro com uma oração:

" Senhor, meu silêncio me preocupa, ajuda-me a não me calar. As aflições mudam, mas o sofrimento continua. E eu Deus? Eu sou fraca, o pouco que posso fazer é porque o Senhor sustenta, porque o Senhor é a base. A preocupação vem primeiro de Ti. Tudo passa, mas a Tua presença é eterna e sustenta tudo, permanece em tudo. Obrigada por ser tão poderoso.
Pai, como pode para alguém ser melhor não viver ? Que tipo de vida ? Esta é a pergunta . Penso naqueles que não tem em que trabalhar. E nós dizemos: Não trabalham porque não querem, vivem no ócio. E novamente voltamos o olhar para nós, " os esforçados" - que hipocrisia! Por um só homem entrou o pecado no mundo, mas corrompeu a todos. Tem misericórdia Deus, destas pessoas que sofrem tanto, abundante é a miséria delas. E tem misericórdia de nós, que já comnhecemos a VIDA abundante e não compartilhamos. Que a dor deles seja a nossa. Obrigada porque o Senhor tem o poder de reconciliar consigo todas as coisas. Cuida Senhor destas pessoas! Se for preciso usa nossas vidas."

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Vida para a Juventude - Conferências Livres de Juventude no Rio de Janeiro






Os cartazes acima mostram que os amigos e parceiros de Caminhada da Rede Fale no Estado do Rio de Janeiro têm se mobilizado. Outras mobilizações têm ocorrido em torno das Conferências de Juventude. Jovens da rede e de organizações parceiras participando da organização de conferências municipais, territoriais, estaduais, etc. Mobilize você também os grupos e redes mais próximos!

O que são as Conferências Livres?



As Conferências Livres de Juventude integram o processo de construção da II Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude, que ocorre em dezembro, em Brasília (DF). Estes eventos são o espaço previsto para levantamento das propostas que serão discutidas diretamente na nacional. Para a juventude evangélica este momento é bastante importante. A mobilização das Conferências Livres abre espaço nos eventos mais amplos e possibilita influenciar a elaboração das Políticas Públicas de Juventude (PPJ), que determinarão importantes questões para a juventude brasileira nas próximas décadas.

As conferências promovem discussões em torno do TEXTO BASE da II Conferência Nacional de Juventude. Para lê-lo, acesse o site da Nacional aqui (documentos).


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Encontro Estadual da Rede FALE Paraná

Prezados irmãos e irmãs,

No dia 27 de Agosto terá o 1° Encontro Estadual da Rede FALE Paraná em Cambé. Segue abaixo  cartaz do evento.

AS VAGAS SÃO  LIMITADAS! Inscrições prorrogadas até dia 19/08 para o I Encontro Estadual Rede Fale Paraná em Cambé/Londrina na Comunidade Refúgio, locaremos um micro-ônibus para o transporte. O custo da passagem será dividido entre os passageiros. Estamos trabalhando para que seja o menor custo possível !!! Se você é de outra cidade do Paraná, fora da região metropolitana de Curitiba e deseja participar, envie mail para falecuritiba@gmail.com

Para mais informações, clique aqui!

RedeFaleCartaz

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

FALE nas Conferências Livres de Juventude

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Estamos num momento especial de participação e de construção de espaços de diálogo. O FALE e seus parceiros têm a oportunidade de colaborar para a fomentação de discussões em torno da juventude brasileira!

Cremos que nosso papel é ser uma voz cristã na defesa não de “nossos interesses”, mas no desejo de promover dias melhores para nosso tempo, onde nossos próximos sejam tratados com dignidade e que tenham suas garantias de perspectiva de vida saudável e produtiva respeitados.

Para dar esse apoio, divulgamos o Manual para Conferências Livres da Rede FALE. Para baixar, clique aqui

Esse breve manual visa municiar nossos “FALANTES” para fazer Conferências Livres de Juventude. Salientamos que esse material é um guia flexível e que cada um pode usá-lo sem ter o medo de seguí-lo completamente. Sintam-se à vontade de aplicar o que for mais coerente com sua realidade.

Baixe  o Texto base das Conferências Livres do CONJUVE e o Manual de Conferências Livres do CONJUVE

Queremos registrar o apoio de Morgana Boostel e Pedro Grabois na produção do material. Sem eles seria bem complicado ter o texto. Agradecemos a todos os irmãos que trabalham na feitura de textos e nas idéias para “ser uma voz em favor de quem não tem voz”.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Boletim de Oração da Rede FALE–Junho/Julho 2011

Prezados Falantes, saiu o Boletim de Oração da Rede FALE de Junho/Julho de 2011.

Para baixar a versão em PDF, Clique aqui!

Abaixo segue a versão em jpg. Clique nas páginas para ampliar.

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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Parceria com ACEV Social promove campanha“Fale pela Ampliação da Rede de Atenção DST/AIDS no sertão da Paraíba”

faleacevNa Paraíba, os serviços e políticas destinadas à assistência a saúde estão fragilizados, especialmente a demanda em relação as HIV/AIDS. No estado, existem 223 municípios, e para atender a toda demanda, existe apenas um Hospital Estadual de referência para doenças infecto contagiosas, localizado em João Pessoa, na capital do estado.

Apenas seis cidades possuem CTAs – Centro de Testagem e Aconselhamento e duas cidades possuem o SAE – Serviço de Atendimento Especializado (João Pessoa e Campina Grande), dificultando consideravelmente a realização dos testes e a adesão ao tratamento e o acesso aos medicamentos, principalmente em relação aqueles que se encontram no interior do Estado da Paraíba. Menor é o acesso das pessoas que vivem e convivem com HIV aos serviços públicos de atendimento a essa população, bem como a informação quanto à prevenção do HIV e demais DSTs.

Uma publicação do Jornal da Paraíba, retrata o avanço da AIDS em cidades paraibanas, atingindo pelo menos 170 cidades, dos 223 municípios, o que representa a existência da doença em 76,2% dos municípios paraibanos, o gerente operacional de DST/Aids da Secretaria Estadual da Paraíba, afirma: “os dados de 2010 ainda não estão consolidados, mas já é possível apontar que existe uma tendência crescente de casos de HIV no interior do Estado. Percebemos que há uma tendência de interiorização dos casos”. (Fonte: Jornal da Paraíba, 27/09/10)

No fim de 2010, a Rede FALE, em parceria com a ACEV Social, iniciou a campanha “Fale pela Ampliação da Rede de Atenção DST/AIDS no sertão da Paraíba”. Nossa mobilização visa pressionar os poderes públicos quanto aos problemas relacionados ao tema, como também conscientizar as pessoas na luta contra a discriminação. Embora algumas denominações evangélicas estejam presentes na região, poucas são as que estão comprometidas com Missão Integral promovendo ações para o desenvolvimento comunitário, em especial programas ou ações de prevenção em DST/HIV/AIDS, pois é uma temática cheia de tabus, preconceitos e estigmas dentro das igrejas.

A Ação Evangélica (ACEV) é uma igreja brasileira com sede na cidade de Patos, meio do sertão nordestino e distante 300 km da capital João Pessoa. Desde o ano de 1938, luta pelo cumprimento da Missão Integral da Igreja no Nordeste brasileiro. Tem desenvolvido, ao longo destes anos diversos ministérios, uma grande variedade de projetos para impactar o nordeste com o evangelho holístico. A ACEV Social é um braço da ACEV, que implementa todos os projetos da denominação os quais são desenvolvidos de forma vinculada às igrejas locais.

A ACEV Social realiza um programa relacionado ao tema DST/AIDS. Destaca-se que a abordagem mais efetiva do programa para a prevenção da AIDS, a educação e promoção em saúde, acompanhada de mudança de comportamento, além de acompanhamento individual e familiar.

Para saber mais sobre a ACEV Social, clique em:
http://www.acevsocial.org.br/

Vídeo de Ato Público da Campanha em João Pessoa:

 

quinta-feira, 30 de junho de 2011

POR UMA FÉ QUE DIALOGA

Cada vez mais tenho certeza que somos uma geração de cristãos que precisa a conjugar o verbo “dialogar”. Por que faço essa declaração? Um dia desses, estava com líderes cristãos, e argumentei que precisamos dialogar com o movimento LGBT pra pensar sobre questões sobre homofobia e a PLC 122/2006, para quem sabe, pudéssemos chegar a um denominador comum, onde todos os direitos, seja por garantia de liberdade religiosa ou de garantia de proteção da vida de homossexuais, fossem garantidos. Logo fui taxado de "apoiador do pecado”, "liberal", entre outras pérolas que tentavam por em cheque minha fé evangélica.
Sem querer entrar no mérito da questão da PLC 122/2006, queremos apenas alertar para o desafio de saber participar com qualidade nos espaços públicos, onde não podemos fugir da realidade concreta que vivemos num mundo plural e que devíamos, como cristãos, interagir socialmente com todos indistintamente, inclusive com a diversidade que há no meio cristão evangélico.
Diálogo não significa que os cristãos precisam abrir mãos de seus valores ou negar sua fé, mas compreender que solo que frutifica a fé é encharcado de amor. O Sacerdócio cristão, que é dada a todos os crentes, nos convoca a pastoreiar o mundo. Pastoreio que não existe sem escuta, cuidado, misericórdia e desejo de ver o bem do outro, mesmo quando ele não queira se converter a nossa fé.
Quando isso não acontece, a igreja vira clube religioso fechado, se torna luz escondida debaixo da mesa, espaço de exclusão e fuga. Igreja só é igreja quando ela não é apenas espaço de refúgio, mas quando sabe que seu espaço de missão é no mundo. Ou nossa missão é no mundo ou simplesmente não somos igreja. E quando não fazemos nossa missão no mundo, só servimos para ser pisados pelos homens, como bem disse Cristo.
O próprio Jesus é alguém que não oferece respostas prontas, mas é capaz de dialogar com a mulher do poço, abraçar crianças, dar atenção a cegos, leprosos e samaritanos, ou tomar "cafezinho" na casa de um cobrador de impostos corrupto. Até com ladrões que estão sendo crucificados junto com Ele, "deu uma ideia" com esses! Para cada uma dessas experiências narradas na Bíblia, Jesus é capaz de fazer conexões e pontes para tornar sua proclamação relevante, sempre falando para corações em mente. Jesus esteve no mundo para a vida! Tinha consciência de não fazer acepção de pessoas não era a rota que norteava seus pés. Muito pelo contrário! Pedagogicamente, seus atos eram meios para incluir aqueles que não tinham voz ou vez.
Infelizmente, creio que essa postura não dialógica é o que torna nossa comunicação do evangelho uma pedra de tropeço para a proclamação do Reino. Somos filhos de Deus, não donos da verdade ou pecadores melhores que outros. A cruz de Cristo nos iguala a uma mesma condição e cabe aqueles que dizem ser discípulos dEle, serem os primeiros a viver o exercício da misericórdia e do amor encarnacional. A encarnação nos leva pros becos, ruas, praças e periferias de nossas cidades. Em contrapartida, uma fé sorumbática é aquela que não consegue refletir as grandes questões do nosso tempo, mas fica na defensiva, por medo ou por interesses de ter hegemonia na marra.
O resultado final é que grupos como os LGBT cada vez mais se afastam de nós e nutrem uma postura belicosa. Não cabe aqui questionar a postura belicosa desses grupos, mas o quanto nossa incapacidade gera mau testemunho e mantém as pessoas alienadas de nós e do Deus que dizemos servir. Pior é constatar que mal conseguimos conviver respeitosamente com a diversidade mesmo do Corpo de Cristo, já que é nítida nossa dificuldade de viver em unidade.
Em suma: Façamos nossa parte. Sejamos uma Igreja Amorosa, que aprende a ouvir, dialogar e interagir com o mundo. Igreja que faz diferença pela sua presença iluminadora e comprometida com a revolução do novo nascimento. Que ama e é capaz de dar a vida para salvar o mundo!
Em Cristo, que inclui todos no seu amor.

Caio Marçal
Sec. De Moblização da Rede FALE – www.fale.org.br

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Semana de Reflexão Teológica da ABU Sampa– FALE SP convida

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Palestrantes Confirmados:
05/07 - Gedeon Alencar
06/07 - Ariovaldo Ramos
07/07 - Marcos Botelho
08/07 - Augustus Nicodemos

Mesa Mobilização de Recursos: Bruno Barreto, Braulio Craveiro
Mesa Comunicação: Giovanna Amaral, Gustavo da Hora
Mesa Missão Integral: Caio Marçal (FALE), Raquel Arouca (A Rocha Brasil)
Mesa "A gente fazendo missão": David Kurka, Kézia Brasil

Preço para semana:
Inteira R$ 30,00
Estudante R$15,00
Preço para o Dia
Inteira R$ 10,00
Estudante R$ 5,00

quinta-feira, 23 de junho de 2011

O que realmente importa?

Devocionais da Rede FALE – Coordenação de Oração e Liturgia

Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?
Mateus 6.28-33

Somos todos dias jogados de um lado para o outro para cumprir aquilo que achamos ser prioridade. Nessa roda viva, descobrimos que somos seres do desejo. Para alguns, os desejos são de realização profissional ou de reconhecimento acadêmico. Para outros, “muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender”.

Há uma gama enorme de anseios, com incontáveis sonhos e vontades dentro de cada um de nós. Todos nos orientam para muito barulho, agitação e compromissos inadiáveis, tornando-se os motores que conduzem nossas agendas pessoais cotidianamente e acabam por nos escravizar. Henri Nouwen afirma que “estar atarefado tornou-se um símbolo de status. As pessoas esperam que estejamos ocupados e que tenhamos muitos assuntos na nossa mente” 1.

Essa disposição mental de estar preocupados em cultuar essa imagem que afetou nossa geração, continua Nouwen, é que “embora atarefados e preocupados com muitas coisas, raramente nos sentimos verdadeiramente realizados, em paz, ou em casa. Um sentimento corrosivo de não realização está sob a superfície das nossas vidas ocupadas. Refletindo um pouco mais sobre esta experiência de não realização, posso discernir diversos sentimentos. Os mais significativos são enfado, ressentimento e depressão” 2.

A evidente “ressaca da alma” de hoje, nada mais é do que o fruto colhido dos falsos sonhos do sistema que nos cerca. Foi corrompido todo desejo humano de satisfação e prazer pelo individualismo, cinismo e descompromisso com um mundo livre de toda opressão. Somos uma geração cansada, insatisfeita, vazia e que se entorpece com o consumismo para aplacar as suas dores existenciais. Consumimos amizades, sexo, carros, eletrônicos e até religião para esquecer toda a falência que somos como indivíduos e sociedade.

Qual o perigo de tudo isso? Esquecer do que realmente importa e qual deve ser o norte de nossas vidas. Fugir de si e da verdadeira razão de sermos humanos. Jogar para debaixo do tapete os sonhos frustrados do mundo e viver um “faz de conta”, onde tudo parece estar no devido lugar, mas com o objetivo de camuflar as dores que latejam no coração, sinal que denuncia nossa falência.

A proposta de Jesus é reorientar nossa caminhada e trazer luz para nossa busca do Reino de Deus e sua Justiça. É lançar toda ansiedade alienante fora e, no encontro pessoal e íntimo com o Criador, ter a consciência dirigida pelo Senhor, que nos leva a buscar a única coisa que interessa: o Reino de Deus e sua justiça.

Esse novo paradigma passa necessariamente pela experiência com Deus, que encharca-nos com o seu amor e ressignifica nossos sonhos e prioridades. É vê-Lo com os olhos marejados de filhos pródigos e abraçados por Ele. Contaminados pela Graça, fluirá de nós rios de água viva, que nos levam a promover a redenção do mundo através da solidariedade, justiça, santa indignação e misericórdia. Nós, outrora embrutecidos pelo mundo, somos libertos do encantamento do sistema pela Paixão de Cristo, que nos salva para sermos plenamente mulheres e homens, feituras dele para as boas obras.

O insistente e doce chamado do Mestre é:

Esqueça toda agitação e preocupação inventada por MAMOM. Entenda que há um Sustentador de todas as coisas e que assim como os passarinhos, deseja acolher você com o afeto maior que uma mãe tem por seu filho recém-nascido. Venha fazer parte do meu Reino que deseja revolucionar as estruturas desse mundo, trazendo esperança e reconciliação para uma humanidade fraturada.

Oração

Pai, ajuda-nos a não perder o foco do Teu Reino. Que Tu reines em nós, pois só assim poderemos manifestar tua vontade para a humanidade perdida. Sacia nossas reais necessidades e nos livre das mentiras que nos alienam de ti e de nós mesmos, em nome de Cristo, Amém!

Notas
1 Nouwen, Henri. Espaço para Deus. São Paulo: Editora Worship Produções.
2 Nouwen, Henri. Espaço para Deus. São Paulo: Editora Worship Produções.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Uma tragédia que a oração me revelou

 

O relato de Luciana Fernandes,articuladora da Cuiabá do Projeto Copa 2014, sobre o 16º Mutirão de Oração Por Crianças e Adolescentes em Situação de Risco .

“Nestes últimos dias 3, 4 e 5 de junho aconteceu o mutirão de oração a favor das crianças em risco. Dias preciosos! Muita gente se lembrando das crianças e orando por elas. Oração é sempre bom. Muitas orações, melhor ainda!

Dentre as programações e mobilizações de pessoas, da igreja para fazer parte do mutirão aqui em Cuiabá (MT), estava um bate-papo com as crianças de uma igreja. Uma breve explicação sobre o mutirão, sobre a importância de orarmos e logo fomos para a prática: oração! Assim como foi sugestão no próprio material de apoio da Rede Mãos Dadas, utilizei o Guia de Oração com os pedidos e nos dividimos em grupos. Quatro grupos. Eu fiquei responsável por um deles.

Grande surpresa estava por vir! Eu sabia que em meio a esta campanha contra exploração sexual de crianças a adolescentes poderia encontrar essa realidade, mas assim, tão rápido? Tão perto? Sozinha? Não imaginava! Aquela criança… que participava do bate-papo, que respondia as perguntas de por que orar. Que acrescentava informações: “é importante orar pelas crianças que são abusadas, que são vendidas”, dizia ela, uma das mais falantes do grupo que tinha um comportamento desconfiável. Porém, não desconfiei desde o início. Ela participava das conversas e desejava orar. A oração que ela fez foi a única que tocou nesta palavra: “sexual” (exploração sexual). Assim como ela, outras crianças também oraram, mas ela ainda continuava falando, até que disse que havia acontecido algo com ela. Eu estranhei e perguntei o que seria isso. Ela apenas respondeu que era algo muito sério e que não poderia falar em público. Eu estranhei mais ainda! O que será?

No começo não dei muita atenção, mas ela estava séria. Eu sabia que não podia desprezar o que as crianças falam e que devem ser levadas a sério. Até que ela chegou próximo ao meu ouvido e desabafou: “Tia, eu fui explorada!” A minha reação foi de muita surpresa! Não esperava me deparar com essa realidade naquele momento. Eu queria acreditar: “como essa criança brinca com uma coisa séria dessas?” Eu continuava surpresa e não sabia o que fazer! O que eu faço? Como assim? Aqui na igreja? Tão rápido? Eu estou sozinha! Não há nenhum adulto com experiência pra me ajudar e falar com essa criança?! Antes dessa revelação inesperada e forte, havia deixado claro à menina que se ela quisesse conversar eu estava pronta para ouvi-la. Na verdade, não estava pronta. Tomei uma atitude sem pensar direito (o momento pedia uma resposta rápida). Bem… reafirmei: “se você quiser, pode vim falar comigo sobre isso no final.”

Não! O que eu estava fazendo? Não podia deixar isso passar. Então a chamei para conversar ali mesmo, mesmo não sabendo o que falar direito. Agora estávamos sozinhas no templo do culto infantil. Ela me contou tudo! Contou que foi abusada por um homem que trabalha no prédio dela. Ela estava nervosa. Chorava ao contar. Foi horrível! Ela tão pequena… passou por isso. É revoltante! É horrível!

O culto terminou e, na ausência da filha, a mãe da menina veio buscá-la e viu nós duas conversando. Eu deveria dar uma explicação para a mãe. Ela sentou-se pronta a me ouvir e contei o que havia acontecido. Aproveitei para saber um pouco mais, sobre o que aconteceu. Revoltante! Aquela menina não foi a única vítima!  Eu… eu… orei com as duas… era o que eu podia fazer naquele momento. Só clamar a Deus por misericórdia daquela criança, daquela família!

Quando voltei para casa (como sempre, voltando de ônibus do culto) observei melhor o caminho que fazia. Ainda estava assustava e chocada com a declaração da menina. Eu já havia notado aquele trecho: um trecho triste, onde pessoas se drogam, se prostituem. Tudo bem nítido! Sim, já orei por elas, já pensei nelas, porém dessa vez eu as vi de forma diferente. Olhei-as como crianças que não tiveram uma família, uma oportunidade na vida, educação, sem ninguém para acolhê-las.

Agora eles estavam nas ruas. E se desde o começo elas tivessem alguém que falasse de Cristo pra elas? E se alguém tivesse se importado com o que aconteceu com elas no início de tudo? Talvez elas não estivessem naquela situação! Elas não tiveram educação, família, infância, saúde, dignidade. Foram esquecidas.

Essa criança lá da igreja tem ainda uma família (graças a Deus!), está dentro de uma igreja, mas e aquelas que não têm lugar para ir? Que são abusadas dentro de casa? Fogem? São levadas ao tráfico?! Estão aí! Tem muitas e só olhar nas ruas à noite.

E se alguém tivesse falado de Cristo para o abusador? E se esse cara tivesse alguém que lhe ensinasse sobre Deus? Será que ele poderia conhecer um bom caminho? Será que ele poderia não escolher essa vida de maldade? Cadê? Onde estão aqueles para acolhê-lhos? Cadê? A igreja? O que a gente pode fazer agora? A verdade é que não sabemos o que fazer! A igreja não sabe o que fazer! Estamos despreparados e a igreja não toca neste assunto. Não sabemos que em nós, essas crianças e as pessoas podem encontrar ajuda e refúgio?

Não quero que Deus me ache hipócrita, como quem não se importa, como alguém que não faz. Se não amamos ao próximo, não amamos a Deus! Isso é fato! Nós somos jovens! Nós temos que marcar a nossa geração. Eu quero marcar a minha geração. Eu quero ver jovens trabalhando. Eu quero ver jovens chorando! Quero ver adoradores! De verdade, não dá pra viver assim. Precisamos fazer alguma coisa! Precisamos orar. Deus tem misericórdia de nós! Misericórdia!A minha oração é que Deus desperte. Desperte os filhos dele. Dê óculos espirituais! Porque não temos noção. Agora é a hora! Deus tem misericórdia e concerta as coisas a começar em nós. Eu vou escrever isso! Eu vou falar! Temos que fazer a nossa parte “para ontem”.

Nesses últimos dias tenho me lembrado muito destas palavras de Jesus: “Pai perdoa-lhes porque eles não sabem o que fazem.” O que é isso? Que negócio é esse? Que amor é esse, Jesus? É por mim, é por você, é pela criança, é por aquele… homem!!!

“Graça”: essa palavra tem significado muito forte e eu não a entendo! O peso que tem isso, e vou ficar um tempo sem entender, e depois eu vou vacilar de novo, cair, levantar, acordar pra mais, abrir os olhos pra outras realidades. Na verdade, não iremos entender tudo de ruim que há no mundo, não iremos suportar! Cristo levou tudo isso e suportou na cruz! Oh Deus! Dá vontade de sentar e chorar! Mas uma coisa é certa: não dá pra ficar assim. Temos que agir e vamos começar dobrando os nossos joelhos porque também não sei como agir, a igreja não sabe como agir, mas Deus vai mostrar! Deus está agindo já”!

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Caso você queira saber mais sobre o “Projeto Copa 2014"- Campanha de enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes no turismo”, clique aqui!

Texto retirado do site da Rede Mãos Dadas - www.maosdadas.org/mmo

terça-feira, 7 de junho de 2011

“Brasil: Nunca mais”– Ato Público de repatriação de documentos

O Brasil sofreu muito com o terror causado pela ditadura militar, que durou 21 anos. Foram tempos de deixaram um rastro de mortes e violência institucional. Segue abaixo convite do FALE SP e de Anivaldo Padilha, membro do conselho de referência da Rede FALE.

No dia 14 de junho acontecerá em São Paulo o Ato Público de repatriação dos documentos do "Brasil: Nunca Mais", projeto coordenado pelo Rev. Jaime Wright e apoiado pelo Cardeal Evaristo Arns, da Arquidiocese de São Paulo, entre 1979 e 1985, e financiado pelo Conselho Mundial de Igrejas. O evento é patrocinado pelo Ministério Público Federal e pelo Conselho Mundial de Igrejas, entre outros.

O projeto teve por objetivo documentar e sistematizar, a partir dos processos no Tribunal Superior Militar, informações sobre o que ocorria nas prisões políticas do regime militar brasileiro. O "Brasil: Nunca Mais" é considerado o esforço mais abrangente e mais importante realizado na América Latina para registrar as violações dos Direitos Humanos praticadas por agentes do Estado durante a vigência dos regimes militares em nosso continente.

O evento contará com a participação do Moderador e do Secretário Geral do Conselho Mundial de Igrejas e de autoridades públicas federais e estaduais. Estarão presentes, também, lideranças de igrejas evangélicas da América e do Caribe que estarão em São Paulo para participar do encontro de famílias confessionais promovido pelo Conselho Latinoamericano de Igrejas.

Vejam os links abaixo para mais informações e também para visualizar o convite e o programa.

http://www.prr3.mpf.gov.br/content/view/572/2/

http://www.prr3.mpf.gov.br/noticias/convite_repatriacao-acervo/

A importância desse evento não pode ser subestimada. Por isso, a Rede FALE em São Paulo convida a todos. É a primeira vez que a participação de evangélicos na luta pelos direitos Humanos e pelo retorno do Brasil ao regime democrático receberá reconhecimento público. O Brasil precisa conhecer essa história. E o povo evangélico também.

Um grande abraço,

Anivaldo Padilha

 

sexta-feira, 3 de junho de 2011

E a covardia não termina

*Por Raquel Noeli

Muitos acompanharam em rede nacional a ação violenta do BME contra os estudantes da UFES e demais cidadãos de Vitória. Foram aproximadamente seis confrontos contra manifestações pacíficas. As reinvindicações eram por melhorias no transporte público, contra o aumento da tarifa e a violência da Polícia do Estado. Esse não é o primeiro ato no ano. Já foram feitos mais de dez e até agora não conseguimos resposta do Governo. A mídia tem manipulado as informações, fazendo com que a população fique contra os manifestantes e expondo apenas a opinião do Governo, que mentiu a respeito das negociações (que não chegaram a ser feitas).
O cenário de guerra e terrorismo vem se repetindo no ES. Em menos de um mês ocorreram três ações inescrupulosas reprimindo os manifestantes que agiam pacificamente. BME, ROTAM, PM e Cavalaria agiram com uma covardia sem tamanho utilizando gás lacrimogênio, balas de borracha e agressões físicas. O resultado hoje, mais uma vez, foram pessoas feridas e aproximadamente 20 detidas sem nenhum critério. As pessoas que andavam no local onde a manifestação ocorreu também foram vítimas da ação da Polícia que deixou toda a população aterrorizada.

* Raquel Noeli é uma jovem militante e atua no Avalanche Missões, em Vitória-ES.

Saiba mais: