terça-feira, 27 de maio de 2008

Mutirão de Oração por Crianças e Adolescentes em situação de Risco

Ore porque:
A oração é aquilo que nos capacita estar em todos os lugares, tocando todas as pessoas, atuando em todas as necessidades a fim de mudar a realidade de milhões de crianças e adolescentes, através da ação do Espírito Santo.


O que é situação de risco?
Dentro de uma estrutura social baseada na segregação, crianças e adolescentes são impedidos de terem seus direitos fundamentais preservados. Persistindo as condições de vida atuais, não terão seus direitos assegurados no que diz respeito a uma vida digna e produtiva.


O que é o Mutirão Mundial de Oração Por Crianças e Adolescentes em Situação de Risco?
Por iniciativa da Viva - rede de ministérios cristãos que servem à criança e ao adolescente – e promovido no Brasil pela Rede Mãos Dadas, milhões de cristãos de mais de 90 países participam, a cada ano, do Mutirão Mundial de Oração por Crianças e Adolescentes em Situação de Risco.

Até 2005, a campanha se chamava Dia Mundial de Oração Por Crianças e Adolescentes em Situação de Risco. No Brasil, desde 2003, decidimos chamar de Mutirão de Oração, porque reservamos não somente um dia, mas sim a primeira sexta-feira e o primeiro fim de semana de junho. A partir de 2006, a coordenação internacional decidiu reservar o primeiro fim de semana de junho para o que chamou de Fim de Semana de Oração.



Quem pode participar?
O convite de Deus para fazer a diferença é direcionado a toda a Igreja, em todos os seus ministérios e instituições paralelas, aos cristãos de todas as idades. É importante que a Igreja atenda ao chamado para amar e cuidar dos pequeninos e reconheça a importância deles aos olhos de Deus, percebendo-se como instrumento do Senhor para salvar espiritualmente e resgatar socialmente as crianças e adolescentes em situação de risco.


Como participar?
Mobilize intercessores. Divulgue o evento com antecedência. Espalhe os cartazes por sua igreja ou organização. Separe os motivos de oração e faça momentos em grupo e de oração silenciosa. Use estatísticas, fotos e músicas. Conte histórias e prepare uma apresentação de crianças e adolescentes. Faça uso da capacidade criativa de todos os grupos envolvidos, sem se esquecer das crianças e dos adolescentes.


Quando?
Na sexta-feira, dia 6, programe um momento de oração em sua organização, empresa ou projeto. Nos dias 7 e 8, convide todos para participarem de um período de oração por crianças e adolescentes em risco ou insira esse período na programação da igreja.


Faça o download do Material de Apoio para Mobilização nos sites:



sexta-feira, 16 de maio de 2008

FALE em Congresso da CIBUC, em Fortaleza


A Rede FALE esteve presente no Congresso da CIBUC, em Fortaleza, nos dias 1 a 3 de maio.
Rodolfo Silva realizou uma Palestra sobre o Ciclo de Defesa de Direitos.
Durante a Palestra, grupos pequenos conheceram o Cartão FALE por Saneamento Ambiental no Brasil e discutiram agendas de Defesa de Diretos em suas comunidades.


Congresso de Ação Social da CIBUC: Recursos para a Ação Social da Igreja Local

Quando pensamos em recursos para Ação Social, pensamos logo em dinheiro e o fato de que não o temos. O Congresso de Ação Social, promovido pela coordenadoria de Ação Social da CIBUC – Convenção das Igrejas Batistas Unidas do Ceará, explorou este tema em seus diversos aspectos.

Nos dias 1 a 3 de Maio de 2008, por volta de 200 irmãos, de 33 igrejas e congregações e 19 cidades cearenses participaram da rica programação do Congresso. Inquietos com a desigualdade social, e cientes do forte apelo bíblico ao clamor do pobre e o desejo divino que acolhamos os necessitados (Salmo 82:3,4; Malaquias 3:5), os congressistas encontraram na troca de experiências, estudos bíblicos, oficinas, palestras e mensagens, direcionamento e força para iniciar ou aprimorar ações em suas igrejas.

As reflexões no congresso vieram de diversas maneiras. Na oficina de música, os congressistas perceberam, em um a contagem rápida, que pelo menos 49 dos 150 salmos falam sobre o pobre ou justiça social. Esta descoberta trouxe à tona o fato do canto em nossas igrejas não refletir esta proporção. No entanto, a música tema do congresso teve como título “Amor em Palavra e Ação”.

Baseando sua mensagem bíblica no texto base para o Congresso, 2 Reis 4:2 a 7, o Secretário Executivo da CIBUC, Pr Etevaldo Siqueira, explanou sobre como a viúva mencionada no texto, sentiu-se impotente diante da sua situação, acreditando que o que tinha em mãos não era de nenhum valor. Porém, o profeta Eliseu, usado por Deus, levou-a a enxergar os recursos que ela já possuía, a arrolar a ajuda dos filhos e vizinhos e a iniciar uma atividade produtiva, sustentável. “O que posso fazer por você? Diga, o que você tem em casa?” 2 Reis 4.2

Refletindo nesta pergunta por diversos ângulos, os congressistas puderam perceber as riquezas já existentes em nossas igrejas, que devem ser utilizadas para enfrentar os problemas sociais entre seus membros e em suas comunidades. Meditando em Romanos capítulo 12, o Pr Mark Greenwood, Coordenador de Ação Social da CIBUC, sugeriu que Deus capacitou a sua igreja com alguns recursos naturais para a luta contra a desigualdade social: solidariedade, garra, coragem e paciência, oração, hospitalidade, humildade, comunicação, generosidade e amor. Colocando estas dons em ação o Corpo de Cristo tem um impacto na sociedade.

O congresso ofereceu seis oficinas visando fomentar a ação transformadora da igreja na sociedade: alimentação, capacitação de adultos, formação infanto-juvenil, música, atividades esportivas e intercessão. Cada um destes momentos levou a formação de uma Rede de Apoio para o desenvolvimento das atividades específicas. Material para o trabalho, contatos relevantes e troca de experiências garantiram o excelente aproveitamento destes momentos.

A visão de todos foi expandida com importantes contribuições da irmã Rosilene Nazar (em vídeo), do Comitê de Ação Social da CBB; Pr Holdair Drefs, da Diaconia; o irmão Rodolfo Silva, da ABU/FALE e irmão Geter Borges, da REBAS, e articulador da Agenda 21, programa internacional para desenvolvimento sustentável. No culto de encerramento, Pr Marcos Monteiro, da PIB Fortaleza, nos levou a refletir em Gálatas 6:10, “não nos cansemos de fazer o bem”, mostrando recursos que a bíblia nos ensina para permanecemos fazendo o bem.
Acreditamos que, através deste congresso, foram providenciados às igrejas da CIBUC recursos para serem sal e luz nas suas comunidades, assim trazendo glória ao Pai que está nos céus (Mateus 5:14 a 16).


Da Organização do Evento

Carga tributária onera 32,8% da renda dos mais pobres

Aos pobres, o que é dos ricos. Essa é a lógica da cobrança tributária no País. De acordo com o economista Marcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os mais pobres carregam uma carga tributária maior que a dos mais ricos, Brasil afora. A afirmação é com base no último estudo realizado pelo Ipea e apresentado, ontem, ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Na palestra "Justiça tributária: iniqüidades e desafios", Pochmann mostrou que, para os 10% mais ricos, a carga tributária representa uma fatia de 22,7% da renda e, para os 10% mais pobres, um bolo de 32,8%. A diferença aprofunda o fosso entre essas duas classes de brasileiros. A pesquisa do Ipea sublinha: os 10% mais ricos concentram 75,4% da riqueza nacional. Os impostos são de difícil digestão: boa parte deles está nos alimentos ou em bens de consumo. Trata-se da tributação indireta, base da arrecadação no Brasil. O que significa dizer que essa forma de cobrança atinge, em cheio, o pobre. Marcio Pochmann explica que a renda do pobre é destinada, principalmente, para "produtos de sobrevivência", daí, o maior pagamento de impostos. Tanto que, considerando apenas a tributação indireta, os pobres pagam a conta: a carga tributária é de 29,1% contra 10,7% dos mais ricos.

Reforma
A pesquisa do Ipea objetiva oferecer ferramentas para um melhor ajuste na reforma tributária em planejamento. Marcio Pochmann entende que há relação direta entre justiça tributária e igualdade social. "O Brasil é a décima economia do mundo, mas se encontra em um processo brutal de desigualdade", contrapõe. Para equilibrar os dois pratos da balança, Pochmann sugere mais peso do lado dos ricos. A cobrança do imposto de renda, por exemplo, poderia seguir o modelo de países já desenvolvidos e que estabeleceram diversas faixas de cobrança, de acordo com a classe social (percentuais que variam de 5% a 45%). "O que eles têm que não temos: tributos que oneram os ricos", aponta o economista. A renda do pobre é destinada, principalmente, para "produtos de sobrevivência"


Ana Mary C. Cavalcante
Publicado em Jornal O Povo, Fortaleza-Ce, Sexta-feira - 16 DE MAiO DE 2008